Cartola aprova plano para o Mineirão idealizado pelo "presidente" Aécio Neves

Principal dirigente da CBF faz elogio à arena e diz que palco de jogos importantes na Copa-2014 deve ter nível superior ao do Morumbi

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa de 2014, Ricardo Teixeira, disse ontem que alguns estádios que irão abrigar jogos do Mundial no Brasil poderão continuar abertos, recebendo jogos, na fase inicial das obras.
Declaração que vai na contramão do que já sugeriu a Fifa, que chegou a aconselhar o São Paulo a fechar o Morumbi por dois anos para reforma.
Teixeira abriu o precedente após conhecer o projeto de remodelagem do Mineirão que o governador de MG, Aécio Neves (PSDB), apresentou-lhe.
Como as obras do Mineirão foram divididas em módulos e a primeira parte a ser executada, a partir de fevereiro, será a estrutural, ficando a remodelagem para maio ou junho, Aécio quer manter o estádio em funcionamento para jogos de Atlético-MG, Cruzeiro e América.
Indagado pela Folha se isso pode ser precedente para outros estádios, o dirigente da CBF disse que dependerá "da característica de cada projeto".
Para Teixeira, o Mineirão leva "vantagem" sobre outros estádios por ter muita área livre no entorno, o que, para ele, "facilita". Disse que isso não ocorre no Morumbi e no Maracanã.
O presidente da CBF e do COL não se opôs nem ao fato de o projeto executivo da terceira fase da obra ficar pronto apenas em março. Só lá se saberá quanto custará a reforma.
Aécio e Teixeira são "amigos", mantendo "relação extremamente próxima", conforme disse o tucano. Agrada a Aécio, que é pré-candidato do PSDB à Presidência, que o Mineirão seja o palco da abertura ou que Belo Horizonte seja a sede da seleção na primeira fase.
Teixeira, que cometeu uma gafe ao chamar Aécio de "presidente", disse que "obviamente o Mineirão terá participação grande dentro da Copa".
Questionado sobre o Morumbi, outro que quer a abertura, ele falou que quem deseja as grandes partidas deve ter "ciência de que o estádio tem de ter o nível muito superior ao que vai receber jogos normais".


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