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Inglaterra anuncia que vai à Índia
Jogos da Comunidade Britânica ganham força, mas desistências de competidores continuam
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Inglaterra anunciou ontem que vai enviar seus atletas para os Jogos da Comunidade Britânica na Índia.
Segundo nota oficial, a decisão foi tomada após consulta com as 17 federações
envolvidas e "com os sinais
de progresso" em Nova Déli.
"Mas vamos continuar
monitorando a situação diariamente para assegurar que
a vila [que receberá os atletas] esteja segura e apropriada", afirmou o comunicado.
A Inglaterra deve enviar
551 competidores para a capital indiana, sendo que o primeiro grupo, com 22 atletas,
viajaria ainda ontem.
Quênia também confirmou ontem participação no
evento, com 240 atletas, incluindo Ezekiel Kemboi,
campeão mundial dos 3.000
m com obstáculos.
"Os quenianos não vão se
juntar ao time dos pessimistas, mas viajarão em busca
da glória para nosso país",
afirmou o vice-presidente,
Kalonzo Musyoka.
"Como um forte membro
da comunidade britânica,
Quênia deve demonstrar solidariedade à Índia."
O país enfrenta vários problemas para viabilizar o
maior evento esportivo de
sua história, marcado para
começar no próximo dia 3.
As obras estão atrasadas, e
alguns acidentes recentes
ajudaram a agravar ainda
mais a imagem problemática
que envolve os Jogos.
Nesta semana, o teto do ginásio do levantamento de
peso cedeu, e o colapso de
uma passarela perto do principal estádio dos Jogos deixou pelo menos 27 feridos.
As arenas de competição e
a vila dos atletas, que já foi
classificada por alguns dirigentes como imunda e inabitável, estão cercadas de água
empoçada, que serve como
criadouro do mosquito transmissor da dengue.
Por causa dessas condições, a Nova Zelândia se juntou ao Canadá e à Escócia e
decidiu adiar o embarque de
seus atletas para a Índia.
A Austrália teme ainda a
questão de segurança, e a
primeira-ministra Julia Gillard afirmou que a decisão
de participar ou não da competição em Nova Déli cabe
exclusivamente aos atletas.
Dani Samuels, campeão
mundial do lançamento de
disco, já decidiu não viajar,
assim como o inglês Phillips
Idowu, medalha de ouro no
salto triplo no Mundial.
Ontem, o ciclista campeão
olímpico Geraint Thomas, do
País de Gales, também anunciou que não vai competir.
"É uma decisão triste, mas
o risco de ficar doente é enorme", afirmou Thomas.
Mas há também discursos
bastante diferentes.
Barry Middleton, da seleção inglesa de hóquei, disse
que não haverá problemas
de adaptação para quem está
acostumado a viajar e ficar
em hotéis. Ao se deparar com
fotos que mostravam sujeira
na vila dos atletas, Middleton
brincou: "Parece um pouco a
minha casa", afirmou. "Não
estou muito preocupado."
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