|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Feijão com arroz
Corinthians e Palmeiras se enfrentam hoje no Pacaembu com velhas armas e técnicos veteranos
LUCAS REIS
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
THIAGO BRAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Luiz Felipe Scolari tem razão. "Não tem nada para colocar de diferente, é feijão
com arroz e pronto."
O técnico do Palmeiras se
refere à ausência de surpresas na escalação do Corinthians para o clássico de hoje, às 16h, no Pacaembu, que
começa a definir o destino
dos dois times no Brasileiro.
O Corinthians está em terceiro lugar, com 50 pontos
-atrás do Fluminense, com
53, e do Cruzeiro, 54.
O Palmeiras é o décimo colocado, com 44 pontos.
Por mais que Scolari e Tite,
técnico que reestreia no Corinthians, tenham fechado
treinos durante a semana, os
dois sabem exatamente o
que esperar do duelo de hoje.
A começar pelos treinadores, os dois clubes apostam
em velhos conhecidos, em
"bolas de segurança", no
"feijão com arroz", para usar
o termo do palmeirense.
O Corinthians repatriou Tite, que estava no Al Wahda,
dos Emirados Árabes, para
tentar recuperar nos oito jogos que faltam para o fim do
Nacional os pontos que perdeu nas últimas rodadas
-dos recentes 21 pontos que
disputou, somou três.
Tite treinou o Corinthians
entre 2004 e 2005. Há seis
anos, chegou ao clube com a
missão de tirar o time da zona
de rebaixamento do Nacional. Levou-o ao quarto lugar.
Só caiu no ano seguinte
porque bateu de frente com
Kia Joorabchian, chefão da
MSI, à época parceira do clube em contratações.
O Palmeiras também deposita suas esperanças no
passado de Luiz Felipe Scolari. Disparado o maior salário
do futebol brasileiro -cerca
de R$ 700 mil mensais, livres
de impostos-, o técnico, que
ontem fez mais um trreino fechado, ainda goza de crédito
no Parque Antarctica, que
conquistou durante sua primeira passagem, quando ganhou a Libertadores de 1999
e a Copa do Brasil de 1998.
Tite chegou ao Corinthians
com o discurso da "simplicidade". Tanto que deve escalar hoje o time-base usado
por Adilson Batista. Scolari
emplacou uma série de nove
jogos sem derrota (somando
Brasileiro e Sul-Americana)
graças a um esquema tático
com ênfase na marcação.
Dentro de campo, Corinthians e Palmeiras também
dependem de ídolos que fizeram muito no passado -e
pouco neste ano.
Ronaldo foi em grande
parte responsável pelos títulos da Copa do Brasil e do
Paulista de 2009, mas está
devendo em 2010, como ele
próprio já reconheceu.
Roberto Carlos chegou ao
Corinthians cercado de expectativa, mas não ergueu
troféus e, nesta semana, envolveu-se na polêmica sobre
o título mundial de 2000.
Do outro lado, o palmeirense sonha que Kleber e Valdivia repitam as atuações de
2008. Há dois anos, quando a
dupla se conheceu, o Palmeiras deu sua última volta
olímpica, no estadual.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Década morna gera "amizade" fora de campo Índice | Comunicar Erros
|