São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

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WINDSURFE

Dora Bria será homenageada com nome de logradouro

DA SUCURSAL DO RIO

Morta aos 49 anos em um acidente de carro, a ex-windsurfista Dora Bria vai ser homenageada pela Prefeitura do Rio. O prefeito Cesar Maia (DEM) anunciou que um logradouro ganhará o nome da ex-atleta. O local, porém, ainda não foi definido.
O corpo de Dora foi enterrado ontem no cemitério do Caju, no Rio. A ex-atleta morreu no final da tarde de terça-feira na BR-040, em São Gonçalo do Abaeté (366 km de Belo Horizonte).
""A Dora combinou a condição de atleta vitoriosa com sua sensibilidade artística e social. Trabalhou conosco em inclusão social pelo esporte. Somando à sua beleza, exaltava a mulher carioca", declarou o prefeito.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o acidente ocorreu após Dora perder o controle da caminhonete que dirigia, rodar na pista e bater de frente com uma carreta. Após o choque, o veículo capotou e saiu da pista. Ela morreu no local.
No velório, uma bandeira do Vasco cobriu o caixão da ex-windsurfista. Torcedora e ex-atleta do clube carioca, Dora foi homenageada na noite de anteontem pelo time. Antes da partida do Vasco diante do Americano, em São Januário, jogadores e torcedores fizeram um minuto de silêncio.
Medalha de ouro no Pan de 2007 na prancha a vela, Ricardo Winicki, o Bimba, disse que o windsurfe perdeu a sua grande estrela e comparou Dora ao técnico do Vasco, Romário. ""O que mais marcou na sua carreira foi a divulgação que ela trouxe ao esporte. As pessoas sempre me perguntavam se eu conhecia a Dora. Era o nosso Romário", afirmou Bimba.
O presidente da Associação Brasileira de Windsurfe, Teca Lenz, disse ontem que a entidade pretende criar um prêmio ou uma competição anual em homenagem a Dora. Ele informou que o número usado pela ex-atleta em competições (BRA222) será ""aposentado" nos torneios. ""É uma homenagem que faremos à nossa musa e a uma das maiores atletas do nosso esporte", disse Lenz.
Dora Bria, que fazia windsurfe de onda, foi seis vezes campeã brasileira, tricampeã sul-americana e ficou entre as cinco melhores do mundo em ondas gigantes entre 1990 e 1995.
Depois que deixou de competir, em 2000, dedicou-se a projetos sociais e ao "free surf", uma espécie de caça às ondas perfeitas.
""A Dora era o grande nome do windsurfe brasileiro. Abriu muitas portas para todos nós, fez muita coisa pelo esporte. Além disso, era simpática, comunicativa. Ela pegava ondas muito grandes mesmo", disse o catarinense Kauli Seadi, bicampeão mundial de windsurfe, ao site Globoesporte.com.


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