São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 2001

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PAINEL FC

Caravana
Em campanha informal para substituir Ricardo Teixeira na presidência da CBF, em 2003, Sócrates está sendo convidado a dar palestras em alguns Estados brasileiros e discutir o caos que vive o futebol nacional. Wilson Piazza, presidente da Associação de Atletas Profissionais, deve ajudar o ex-atleta corintiano em sua candidatura de protesto.

Embrião
Para ser candidato a presidente, Sócrates terá de ter seu nome lançado por pelo menos uma federação estadual. Pelo jeito, não será difícil. Uma federação do Centro-Oeste e outra do Nordeste estão dispostas a apoiar o ""doutor". Jogadores a seu lado também não faltarão. Depois de Leonardo e Ronaldo, Dunga deve dar declarações de incentivo ao ex-atleta da seleção.

Exaltado
Na CPI da CBF/Nike, na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS) não assusta mais ninguém. Quando os trabalhos começaram, no ano passado, ele chamava a atenção pelos discursos inflamados e gritos com os colegas. Os demais integrantes da CPI dizem já ter se acostumado ao estilo do deputado, que é ligado à cúpula do futebol gaúcho.

Guarda-costas
O que mais preocupa a Colômbia para a Copa América, entre 11 e 29 de julho, não é a dificuldade que o país está tendo para terminar as reformas em seus estádios. Além dos US$ 5 milhões que faltam para acabar as obras, a organização ainda não separou a verba para segurança. Argentinos e uruguaios já reclamaram, pedindo providências e proteção para o período que passarem no país.

Para o lixo
Descontente com os reforços da gestão Citadini, Luxemburgo já pensa em afastar até Otacílio, o único que vinha sendo aproveitado. Gleguer e Gallo viraram reservas, e Paulo Nunes também deve perder a posição.

Problemas à vista
Roque Citadini, vice-presidente de futebol do Corinthians, não está nada satisfeito.

Fora do ar
A TV Globo não irá transmitir o amistoso da seleção brasileira contra os Estados Unidos, em Los Angeles, no próximo sábado. O horário da partida (18h de Brasília) é ruim para a emissora, que seria obrigada a tirar do ar até duas de suas novelas para encaixar o futebol.

Só o México
Ainda não se sabe se outro canal aberto de TV irá transmitir o amistoso EUA x Brasil. Entre as emissoras por assinatura, a PSN detém os direitos de transmissão. O jogo da seleção brasileira contra o México, dia 7, uma quarta, tem lugar garantido na Globo, pelo menos até agora.

Ponto negativo
A demissão de Waldeck Ornéllas do Ministério da Previdência não foi boa para a CPI do Futebol. O ex-ministro vinha assessorando os senadores da comissão na investigação das dívidas dos clubes com o INSS e havia colocado à disposição dos parlamentares uma equipe de auditores e técnicos. Não se sabe se o sucessor de Ornéllas terá a mesma disposição.

Supérfluo
A crise política do governo está preocupando os integrantes das CPIs do Congresso que investigam o futebol. O raciocínio é simples: quando a casa pega fogo, todo mundo corre para salvar o cofre. Na casa do Congresso, o futebol está mais para toalha de mesa.

Frevo do Íbis
O Íbis está aproveitando o Carnaval de Pernambuco para pôr na rua sua campanha de "pior time do mundo". O clube, que pretende fazer fama internacional, espalhou dezenas de outdoors por Recife, nesta época do ano lotada de turistas.

Liberdade vigiada
Os jogadores da Lusa, que ganharam folga até a Quarta-feira de Cinzas, deixaram o centro de treinamento anteontem com "lição de casa". Cada jogador recebeu um plano de treinamento e um aparelho que mede o esforço feito. Quem não fizer vai ganhar "ponto negativo": multa.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do jogador França, sobre as críticas da torcida do São Paulo aos jogadores do clube:
- O que incomodava era dizerem que eu tinha problema psicológico. Nunca tive problema de cabeça, sempre foi físico.

CONTRA-ATAQUE

Inversão de papéis

Logo depois de ter dado seu depoimento na CPI da Câmara sobre a queda do alambrado em São Januário, na final da Copa JH, Eurico Miranda dirigiu-se ao aeroporto, em Brasília, para voltar ao Rio.
Lá encontrou José Genoino, do PT. Os dois conversaram rapidamente e cada um pegou um avião -o deputado petista voltava para São Paulo. Em seus respectivos vôos, a dupla foi importunada por grupos de jovens que iam ao Rock in Rio.
Genoino foi aplaudido aos gritos de "Azulão", em referência ao São Caetano, para o qual ele torcia na final. Também aos gritos de "Azulão", Eurico Miranda foi apupado em seu vôo.
Os dois reagiram da mesma forma. Cansados, fingiam que não ouviam as pessoas gritando contra o Vasco.
E aí a coisa se inverteu. Saindo do vôo para São Paulo, Genoino acabou chamado de "mascarado" pelos "roqueiros".
Já Eurico, que aguentou tudo em silêncio, saiu aplaudido de seu avião. Pelos outros passageiros que não aguentavam mais os jovens gritarem "Azulão".


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