São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Câmara quer MP para prorrogar vinculação aos clubes; Senado é contra

Extinção do passe racha o Congresso

DO PAINEL FC

A CPI da CBF/Nike, na Câmara, e a do Futebol, no Senado, não se entendem. A primeira defende o adiamento da extinção do passe no Brasil. A segunda é contra.
Pela proposta dos deputados, o governo, por intermédio de uma medida provisória, prorrogaria a data em que o passe terminará. De 26 de março, ela passaria para 24 de junho. Segundo um dos integrantes da CPI, a MP seria editada em março, nem que seja na véspera do dia 26.
Durante o período de 90 dias, clubes e representantes de jogadores voltariam a debater detalhes da legislação, com destaque para a questão dos direitos da equipe formadora de atletas.
Pela lei atual, a de número 9.981/00, o time que revela o jogador tem direito de fazer o primeiro contrato com ele por um período de dois anos. Há propostas para que ele seja estendido para quatro ou cinco anos.
No Senado, no entanto, o adiamento por 90 dias é considerado anacrônico. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), presidente da CPI do Futebol, defende que o passe seja extinto na data prevista.
Ele diz que os clubes tiveram mais de três anos para se adaptar às mudanças na legislação e, se até agora não o fizeram, não será em 90 dias que irão se preparar.
O ex-jogador Sócrates, que pretende lançar sua candidatura à presidência da CBF como forma de protesto contra os atuais dirigentes, afirma que a extinção do passe é uma maneira de combater o que chama de ""antro de negociata". (JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO e JOSÉ ALBERTO BOMBIG)

Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Cedo ou tarde, Legislativo defende fim da lei do passe
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.