|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Câmara quer MP para prorrogar vinculação aos clubes; Senado é contra
Extinção do passe racha o Congresso
DO PAINEL FC
A CPI da CBF/Nike, na Câmara,
e a do Futebol, no Senado, não se
entendem. A primeira defende o
adiamento da extinção do passe
no Brasil. A segunda é contra.
Pela proposta dos deputados, o
governo, por intermédio de uma
medida provisória, prorrogaria a
data em que o passe terminará.
De 26 de março, ela passaria para
24 de junho. Segundo um dos integrantes da CPI, a MP seria editada em março, nem que seja na
véspera do dia 26.
Durante o período de 90 dias,
clubes e representantes de jogadores voltariam a debater detalhes da legislação, com destaque
para a questão dos direitos da
equipe formadora de atletas.
Pela lei atual, a de número
9.981/00, o time que revela o jogador tem direito de fazer o primeiro contrato com ele por um período de dois anos. Há propostas para que ele seja estendido para quatro ou cinco anos.
No Senado, no entanto, o adiamento por 90 dias é considerado
anacrônico. O senador Álvaro
Dias (PSDB-PR), presidente da
CPI do Futebol, defende que o
passe seja extinto na data prevista.
Ele diz que os clubes tiveram
mais de três anos para se adaptar
às mudanças na legislação e, se até
agora não o fizeram, não será em
90 dias que irão se preparar.
O ex-jogador Sócrates, que pretende lançar sua candidatura à
presidência da CBF como forma
de protesto contra os atuais dirigentes, afirma que a extinção do
passe é uma maneira de combater
o que chama de ""antro de negociata".
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO e JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Cedo ou tarde, Legislativo defende fim da lei do passe Índice
|