São Paulo, segunda-feira, 25 de fevereiro de 2002

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PAINEL FC


Quebrou o silêncio
Após dias de silêncio, Falcão confidenciou ontem a amigos que o cargo que lhe foi oferecido pela CBF Teixeira é o de diretor de seleções. Ele seria o responsável por todas as categorias da equipe nacional, com direito a trabalhar com Scolari na Copa.

Doce
Falcão prefere falar que ainda não foi convidado oficialmente. Diz que foi sondado. A proposta oficial, com salário estipulado, ainda não foi feita. Apesar do mistério, ele classificou o convite como um desafio e insinuou que aceitará o cargo.

Bode expiatório
Mauro Félix, o administrador demitido da CBF para a contratação de Américo Faria, se diz "injustiçado" e "arrasado". Félix reclama que estava sobrecarregado no cargo, assumido em outubro de 1998, acumulando funções da área técnica.

Dança dos amarelos
Félix alega que a contabilidade dos cartões amarelos era atribuição de Antônio Lopes, mas que o coordenador, por confiar muito nele, lhe repassou a função. Diz que sabia do segundo amarelo de Cafu antes do jogo contra a Venezuela, mas demorou a informar porque aguardava comunicado oficial da Fifa.

Vôo solo
Técnico de futebol com curso de especialização e duas pós-graduações na área, Félix, que comandou times das divisões de base do Flamengo entre 1989 e 1991, agora quer passar a ser treinador profissional.

Laços
O encontro que dirigentes de federações terão com o presidente em exercício, Marco Maciel, amanhã, no Palácio do Planalto, foi intermediado pelo senador Jorge Borhausen (PFL-SC). O presidente da Federação Catarinense, Delfim Peixoto Filho, é amigo particular dele.

Provocação 1
Os palmeirenses não gostaram de ouvir o hino do Rio-São Paulo no jogo contra o América-RJ, ontem. É que a música inclui trechos dos hinos dos principais clubes paulistas. Quando tocava a parte do Corinthians, as vaias tomavam conta do estádio.

Provocação 2
Depois de enfrentar uma ameaça de greve de jogadores na última semana, a diretoria do Botafogo levou ontem ao estádio Caio Martins uma bandeira gigante, com a seguinte inscrição: ""Ética, respeito e atitude".

Panelaço
O Movimento Popular Renúncia Já, que promoveu o enterro simbólico do presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, e do vice Júlio Lopes, anteontem, no Rio, promete uma nova manifestação amanhã. Quer fazer como na Argentina, onde dois presidentes foram derrubados dessa forma.

Escola vascaína
Pouco conhecido da maioria da torcida até então, Lopes virou inimigo número um por tentar seguir os passos de Eurico Miranda, presidente do Vasco. Ele está sendo acusado de querer se beneficiar politicamente do clube para se eleger deputado federal pelo PPB, o mesmo partido do vascaíno. Lopes esteve perto de ser afastado do cargo.

No papel
Não adianta a torcida do Cruzeiro espernear. O presidente do clube, Zezé Perrella, avisa que uma cláusula contratual assegura ao HMTF o direito de negociar atletas para se ressarcir de eventuais prejuízos. Por esse motivo, o clube não teria como evitar a venda do lateral Sorín.

Yes
Fluente no idioma português, Dick Law, principal executivo do HMTF no Brasil, não deve deixar o Brasil mesmo depois que o fundo de investimentos norte-americano confirmar o rompimento da parceria com o Corinthians. Com sua experiência de dois anos no futebol, ele já estaria sendo sondado por outros clubes e empresas.

Inabalável
A reputação do norte-americano não teria sido abalada mesmo com os problemas -e os prejuízos- envolvendo Marcelinho e Luizão, as principais estrelas corintianas.


E-mail: painelfc.folha@uol.com.br


DIVIDIDA
De Carlos Alberto Parreira, técnico do Corinthians, sobre a nova cobrança da torcida:
- Por que temos que golear todos os adversários? Vamos jogar contra o vento?


CONTRA-ATAQUE
Ópera do malandro

Enquanto se discute qual o melhor esquema tático no futebol, se é o com três zagueiros ou o com três atacantes, o ex-jogador Dé tem uma receita infalível: a da malandragem individual.
Ele assume ter sido um dos maiores malandros da história desse esporte no Brasil. A cada jogo, como costuma dizer, convencia os juízes de ter sofrido um ou dois pênaltis inexistentes. Até treinava quedas na área.
Certa vez, quando defendia o Bangu, ele fez um gol depois de arremessar uma pedra de gelo contra um adversário do Flamengo. A sua maior façanha, no entanto, também pelo Bangu, foi num jogo contra o Vasco.
No último minuto do segundo tempo, sem que nenhuma das duas equipes tivesse feito gol, ele viu a chance de usar a sua esperteza em um escanteio para dar a vitória ao seu time.
Enquanto aguardava o cruzamento na área, ele pegou um punhado de areia no chão. Quando a bola veio, jogou a areia no rosto do goleiro Andrada, que nem viu o gol que sofreu.
- Foi um golaço de areia, se vangloria Dé até hoje.



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