DA REPORTAGEM LOCAL

O 3-5-2, esquema que será utilizado pela seleção brasileira na Copa do Mundo deste ano, foi negado e deixado de lado ontem por São Paulo e Ponte Preta.
Nelsinho, o técnico são-paulino, chegou a empregar três zagueiros em alguns jogos do time, mas, segundo ele, na verdade o time sempre adotou o 4-4-2.
"Nós sempre jogamos no 4-4-2. Acontece que, nas duas últimas partidas, tivemos um ritmo muito bom, e a proteção da defesa foi mais forte", disse o treinador.
Nelsinho alega que Jean, originalmente um zagueiro, vinha atuando como volante, o que deixava a equipe no 4-4-2. Somente em alguns momentos, por uma variação tática, Jean compunha a defesa com Emerson e Wilson.
Ontem, Jean não jogou. Discutindo renovação de contrato, o jogador ficou no banco de reservas. A opção pelo 4-4-2, com Reinaldo jogando ao lado de França, deu resultado e deverá continuar.
"Nos últimos três jogos, sofremos apenas quatro gols e marcamos 12", disse orgulhoso Nelsinho, que procura não falar sobre o que acontece na seleção.
Já Oswaldo Alvarez, um dos primeiros técnicos brasileiros que empregaram sistematicamente o 3-5-2, foi obrigado a se render ao 4-4-2, esquema que levou o Brasil ao tetracampeonato mundial em 1994 com Carlos Alberto Parreira.
Depois de um primeiro tempo assustador, com apenas três jogadores no meio-campo, a Ponte Preta recorreu ao 4-4-2 para não sofrer uma goleada humilhante.
Alvarez, que usou o 3-5-2 no título do Rio-SP passado, quando dirigia o time do Morumbi, colocou no time Alex Oliveira, que fez o gol da Ponte Preta.
Com o 4-4-2, esquema que tinha levado a Ponte à liderança do Rio-SP, a equipe campineira ficou mais equilibrada e melhorou.
"Tentamos surpreender com um novo esquema, mas não deu certo porque o São Paulo fez gols muito rapidamente. Aí, tivemos que mudar", disse Washington, atacante da Ponte Preta e que já integrou a seleção na gestão de Luiz Felipe Scolari. (RBU)



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