São Paulo, segunda-feira, 25 de fevereiro de 2002

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Substância é nova em controles

DA REPORTAGEM LOCAL

A darbepoetina, substância encontrada no antidoping do espanhol Johann Muehlegg e da russa Larissa Lazutina, é um medicamento desenvolvido recentemente. A droga é obtida pela da manipulação genética de células do ovário do hamster chinês. O roedor vive nas estepes da China e chegou aos EUA como animal para pesquisas em laboratório.
Na medicina, a darbepoetina é utilizada como estimuladora da produção de glóbulos vermelhos. É usada em pacientes com insuficiência renal crônica e câncer. No esporte, seu uso promove uma melhora na resistência física.
A Aranesp, seu nome comercial, obteve, em setembro de 2001, a aprovação da FDA (Foods and Drugs Administration, agência dos EUA que regulamenta a utilização de medicamentos). A droga também foi liberada, no ano passado, pela União Européia.
O novo medicamento é considerado mais eficaz que a EPO (eritropoietina), droga similar, que já tem sido detectada em controles no ciclismo e atletismo. Ela apresenta um efeito mais duradouro que a EPO. Por isso, pode ser tomada em menores doses.
Os esportistas que a utilizam, contudo, estão sujeitos a vários efeitos colaterais, como parada cardíaca, convulsão, hipertensão, isquemia e infarto do miocárdio.
Muehlegg foi o primeiro atleta a ser pego no antidoping pela darbepoetina. Na Volta da Itália de ciclismo de 2001, porém, a droga já fora encontrada pela polícia, em revista ao quarto de ciclistas que participavam da prova. (ALF)


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