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Wada faz turnê para defender nova regra
Processo para testes antidoping obriga atletas a divulgarem seus paradeiros
Agência diz que medida é vital para combater o uso
de substâncias proibidas; competidores questionam violação de privacidade
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Agência
Mundial Antidoping (Wada)
iniciou ontem a nova cruzada
na luta contra o uso de substâncias proibidas. O oponente desta vez, porém, não é uma droga
inovadora nem um novo esquema secreto de dopagem. John
Fahey enfrenta resistência dos
atletas e questionamentos sobre a privacidade deles.
O dirigente participou ontem
do primeiro encontro do tour
que fará pela Europa para explicar os novos procedimentos
para testes fora de competição.
Pelas novas regras, os atletas
precisam informar seu paradeiro diário às autoridades de
controle de doping.
Vários atletas importantes,
como os tenistas Rafael Nadal e
Serena Williams e o jogador de
futebol Michael Ballack, manifestaram-se contra a decisão.
Na Bélgica, 65 competidores
abriram processo contra a regra com base na convenção europeia de direitos humanos.
"Certamente essa é a melhor
maneira de monitorar. Se houver deficiências, revisaremos
para o próximo ano. Nós já lemos várias reclamações sobre
as regras, mas ninguém nos
apresentou nada diretamente",
afirmou o presidente da Wada.
O novo controle fora de competição exige que os atletas informem à agência onde estarão
por pelo menos uma hora do
dia (entre 6h e 23h) pelos três
meses seguintes. Se mudarem
os planos, têm de avisar. Um
competidor que perde três testes surpresa é punido como se
tivesse sido flagrado por uso de
substâncias proibidas.
"Eu pergunto por que não colocam logo um GPS na nossa
pele, assim poderão ver onde
estamos", questionou a esquiadora Lindsey Vonn, dos EUA.
A Wada defende o monitoramento e diz que os exames fora
do calendário de provas têm
maior potencial de flagrar casos de uso de doping.
"Está claro que precisamos
de testes fora de competição
porque é nesses momentos que
os atletas se dopam", disse David Howman, diretor da Wada.
A Agência Mundial Antidoping também negou pedidos da
Fifa e da Uefa para o relaxamento dos testes surpresa durante períodos de folga dos jogadores de futebol.
Segundo Fahey, a abertura
desse tipo de exceção prejudicaria os controles antidoping e
daria tempo de esportistas iniciarem impunemente um processo de dopagem.
Com agências internacionais
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