DO ENVIADO A SUN CITY

O governo sul-africano anunciou abertura de inquérito sobre supostos aumentos abusivos de preços por operadores de turismo interessados em lucrar com a Copa. As principais conclusões devem ser anunciadas em um mês, segundo afirmou um porta-voz do Ministério do Turismo sul-africano.
Há suspeitas de que redes de hotéis estejam atuando de forma conjunta para até triplicar os preços durante a disputa do torneio, que vai de 11 de junho a 11 de julho.
A preocupação já chegou à Fifa. Os elevados valores dos pacotes estão entre as razões apontadas para o desinteresse de estrangeiros pela Copa.
Faltam ainda 700 mil ingressos para serem vendidos, o que forçou o comitê organizador a "recategorizar" vários deles. Antes destinados a pessoas de fora, serão comercializados com desconto aos próprios sul-africanos.
O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, declarou anteontem, em seminário com as 32 delegações, que está atuando para baixar preços. Relatou ter convencido a empresa aérea Emirates a reduzir de US$ 3.000 para US$ 2.000 o preço da rota Nova York-Johannesburgo.
A indústria do turismo reagiu a isso ontem.
"É o mercado que dita o preço. Se você estiver cobrando em excesso, seu quarto ficará vazio", declarou Mmatsatsi Marobe, executiva-chefe do Conselho de Turismo de Negócios da África do Sul. (FZ)

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