|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil e países ricos terão privacidade e luxo no Mundial
Com exceção da Argélia, só favoritos e nações do 1º mundo ficarão hospedados em hotéis 5 estrelas na África do Sul
Seleções foram obrigadas
a escolher o alojamento
de uma lista elaborada
pela Fifa, que tinha até
quartos padrão 3 estrelas
FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A SUN CITY
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Para quem é grande no futebol ou rico, hotéis cinco estrelas e/ou privacidade. Para o
resto, alojamentos mais simples. Isso é o que mostra a divisão de hotéis que servirão como
concentração para as seleções
da Copa do Mundo da África do
Sul, divulgada ontem pela Fifa.
Brasil, Alemanha, Holanda,
Inglaterra, França, Japão, Austrália, Dinamarca e Grécia ficarão em hotéis cinco estrelas.
Além deles, a única delegação
que não é favorita nem de um
país rico a ganhar tal mordomia
foi a da Argélia, ainda assim fora da área mais procurada
-eram 12 hotéis cinco estrelas
disponíveis, e só dois, em regiões com quase nenhum atrativo, não foram selecionados.
No outro extremo, Gana terá
de se contentar com um nada
espetacular três estrelas.
O time de Dunga usará o
Fairway, hotel em Johannesburgo, ainda em obras, que será
fechado para a seleção.
Atual campeã mundial, a Itália terá um hotel quatro estrelas, em Centurion (perto da capital Pretória), mas também
com a vantagem de ter privacidade total -o estabelecimento
será fechado para a Azzurra.
A Argentina ficará hospedada no Centro de Alta Performance da Universidade de Pretória, uma ilha de excelência
em preparação física no país.
A lista de hotéis disponíveis
foi estabelecida pela Fifa e escolhida pelas seleções -em caso de duas equipes solicitarem
o mesmo abrigo, era a federação quem decidia (foi o caso do
Brasil contra Portugal).
A entidade arca com um valor fixo para a hospedagem,
que, segundo ela, cobre as despesas de até 50 membros de cada comitiva. Quem estourar esse limite banca o excedente.
Em 2006, o Brasil mandou cerca de 40 pessoas à Alemanha.
Em nome da infraestrutura,
a maioria das seleções aceitou
encarar longas distâncias, congestionamentos e altos índices
de criminalidade ao optar por
bases em Gauteng, onde ficam
Pretória e Johannesburgo. Das
32 equipes participantes, 19 ficarão em hotéis e usarão campos de treinamento da Província. Contribuirão, assim, para
entupir um pouco mais a já superpovoada Gauteng. Com
apenas 1,3% da área da África
do Sul, a região tem 21,5% da
população e 33% do PIB.
É mais rica, mas mais problemática. Lidera com folga na
proporção de assaltos (34% dos
cometidos nacionalmente) e
crimes sexuais (26,7%) no país.
Gauteng tem melhor qualidade de serviços públicos, estrutura boa de telecomunicações e estradas bem pavimentadas. O aeroporto renovado
oferece conexões fáceis.
Pesou também na escolha a
altitude da Província, de 1.800
metros acima do nível do mar.
Vários jogos importantes, incluindo abertura e final, serão
em seus três estádios.
Texto Anterior: Bilhetes iguais geram confusão no setor VIP Próximo Texto: Governo vai investigar alta nos preços Índice
|