São Paulo, quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

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Antônio Carlos implanta sua "família" no Palmeiras

Auxiliar técnico e preparador físico são braços direitos do técnico no novo clube

Além de trazer seus homens de confiança, treinador inicia uma "faxina" no que restou das comissões técnicas anteriores do time alviverde

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando um treinador muda de clube, costuma carregar um estafe a tiracolo. Com Antônio Carlos, não é diferente. Apesar do pouco tempo na nova profissão, ele já levou ao Palmeiras seus dois homens de confiança.
Um deles é Wellington Berto de Oliveira, 36, ex-goleiro profissional e amigo pessoal do técnico novato. Ambos começaram juntos no São Caetano, em junho do ano passado.
Natural de Regente Feijó (SP), Wellington conheceu Antônio Carlos há quase 20 anos, em Presidente Prudente, cidade natal do técnico, nas famosas "peladas" de final de ano.
"Após parar de jogar, passei a trabalhar com as categorias de base lá em Prudente. O Zago me convidou antes mesmo de acertar com o São Caetano. Disse que iria começar a carreira de técnico e que gostaria de contar comigo", diz o novo auxiliar técnico do Palmeiras.
O outro fiel escudeiro de Zago, sobrenome pelo qual os colegas o chamam, é o preparador físico Carlos Pacheco, 46, de volta ao Palmeiras. Somadas as passagens anteriores, são mais de 15 anos de casa -a mais extensa durou de 1989 a 2001.
"Já tinha a amizade dos tempos em que ele era jogador. O Zago sempre teve atitude de capitão, era um líder. Mesmo quando ele virou dirigente, dava para ver que estava se preparando para dar sequência à carreira", afirma Pacheco.
Após ter convivido com o então beque Antônio Carlos na época vitoriosa da parceria com a Parmalat, no início dos anos 90, o preparador físico o reencontraria no São Caetano, clube em que já trabalhava fazia mais de um ano quando Antônio Carlos surgiu como técnico.
Na prática, os dois serão os braços direitos do treinador palmeirense. Entre outras atribuições, está a de se revezar com o comandante principal durante os treinos da semana.
"Às vezes ele vai estar com o time titular num campo, aperfeiçoando alguns fundamentos, e eu estarei com os reservas, desenvolvendo outro tipo de atividade", afirma Wellington.
Ambos também preparam as planilhas de treinos, que variam em intensidade e duração de acordo com a semana, mantêm o chefe informado sobre a condição física dos atletas e observam os times adversários.
"A gente discute esquema tático, aconselha o treinador e ajuda a preparar a palestra das preleções", completa Pacheco.
Apesar de o trio ter desembarcado recentemente no clube -o primeiro treino deles ocorreu na última sexta-feira-, a ideia é se entrosar o mais rápido possível com o elenco.
Ontem, por exemplo, tanto Antônio Carlos quanto Wellington participaram do tradicional "rachão" dos jogadores, a recreação que antecede as partidas na qual os atletas costumam atuar fora de suas posições de origem -o goleiro Marcos joga como centroavante.
Muricy Ramalho, o ex-treinador, sempre acompanhava à distância esse tipo de brincadeira. Uma das críticas depois que ele foi demitido é que se relacionava pouco com o grupo.
"Temos de ficar juntos, tentar ser como uma família", disse Antônio Carlos, que, além de trazer seus homens de confiança, começa a realizar uma "faxina" no que restou das comissões técnicas anteriores.
Ontem, o clube anunciou as saídas do preparador de goleiros Cantarele e do fisioterapeuta Mário Peixoto, ambos remanescentes da gestão de Vanderlei Luxemburgo, antecessor de Muricy no comando da equipe.


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