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Antônio Carlos implanta sua "família" no Palmeiras
Auxiliar técnico e preparador físico são braços direitos do técnico no novo clube
Além de trazer seus homens de confiança, treinador inicia uma "faxina" no que restou das comissões técnicas anteriores do time alviverde
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando um treinador muda
de clube, costuma carregar um
estafe a tiracolo. Com Antônio
Carlos, não é diferente. Apesar
do pouco tempo na nova profissão, ele já levou ao Palmeiras
seus dois homens de confiança.
Um deles é Wellington Berto
de Oliveira, 36, ex-goleiro profissional e amigo pessoal do
técnico novato. Ambos começaram juntos no São Caetano,
em junho do ano passado.
Natural de Regente Feijó
(SP), Wellington conheceu Antônio Carlos há quase 20 anos,
em Presidente Prudente, cidade natal do técnico, nas famosas "peladas" de final de ano.
"Após parar de jogar, passei a
trabalhar com as categorias de
base lá em Prudente. O Zago
me convidou antes mesmo de
acertar com o São Caetano.
Disse que iria começar a carreira de técnico e que gostaria de
contar comigo", diz o novo auxiliar técnico do Palmeiras.
O outro fiel escudeiro de Zago, sobrenome pelo qual os colegas o chamam, é o preparador
físico Carlos Pacheco, 46, de
volta ao Palmeiras. Somadas as
passagens anteriores, são mais
de 15 anos de casa -a mais extensa durou de 1989 a 2001.
"Já tinha a amizade dos tempos em que ele era jogador. O
Zago sempre teve atitude de capitão, era um líder. Mesmo
quando ele virou dirigente,
dava para ver que estava se preparando para dar sequência à
carreira", afirma Pacheco.
Após ter convivido com o então beque Antônio Carlos na
época vitoriosa da parceria com
a Parmalat, no início dos anos
90, o preparador físico o reencontraria no São Caetano, clube em que já trabalhava fazia
mais de um ano quando Antônio Carlos surgiu como técnico.
Na prática, os dois serão os
braços direitos do treinador
palmeirense. Entre outras atribuições, está a de se revezar
com o comandante principal
durante os treinos da semana.
"Às vezes ele vai estar com o
time titular num campo, aperfeiçoando alguns fundamentos,
e eu estarei com os reservas, desenvolvendo outro tipo de atividade", afirma Wellington.
Ambos também preparam as
planilhas de treinos, que variam em intensidade e duração
de acordo com a semana, mantêm o chefe informado sobre a
condição física dos atletas e observam os times adversários.
"A gente discute esquema tático, aconselha o treinador e
ajuda a preparar a palestra das
preleções", completa Pacheco.
Apesar de o trio ter desembarcado recentemente no clube -o primeiro treino deles
ocorreu na última sexta-feira-,
a ideia é se entrosar o mais rápido possível com o elenco.
Ontem, por exemplo, tanto
Antônio Carlos quanto Wellington participaram do tradicional "rachão" dos jogadores, a
recreação que antecede as partidas na qual os atletas costumam atuar fora de suas posições de origem -o goleiro Marcos joga como centroavante.
Muricy Ramalho, o ex-treinador, sempre acompanhava à
distância esse tipo de brincadeira. Uma das críticas depois
que ele foi demitido é que se relacionava pouco com o grupo.
"Temos de ficar juntos, tentar ser como uma família", disse Antônio Carlos, que, além de
trazer seus homens de confiança, começa a realizar uma "faxina" no que restou das comissões técnicas anteriores.
Ontem, o clube anunciou as
saídas do preparador de goleiros Cantarele e do fisioterapeuta Mário Peixoto, ambos remanescentes da gestão de Vanderlei Luxemburgo, antecessor de
Muricy no comando da equipe.
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