|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br
Crise aqui dentro, reflexo lá fora
KANAAN PERDEU a vaga
na Indy pois a equipe que o
havia anunciado com pompa e circunstância no fim de
2010 não conseguiu fechar o
orçamento para 2011.
O valor para colocar um
carro na pista por toda uma
temporada da Indy, US$ 3
milhões. Bastante dinheiro,
claro, mas não parece nenhum assombro, nenhuma
meta impossível para um
dos melhores pilotos da categoria, campeão em 2004,
buscar no mercado.
Bruno não conseguiu a
vaga na Lotus Renault porque lhe falta experiência para ser primeiro piloto de
uma equipe deste porte.
Por aqui, até os mais fanáticos entenderam. Desta
vez não houve levantes nacionalistas, acusações de o
mundo se voltar contra um
brasileirinho.
Mas choca constatar que
o herdeiro do sobrenome
mais apelativo do automobilismo mundial não tenha
conseguido levantar verba
com patrocinadores para
garantir vaga de titular numa equipe média/pequena.
Um indiano conseguiu.
Um venezuelano conseguiu.
Um belga conseguiu. Um
mexicano conseguiu. Um
russo conseguiu.
Um Senna não.
A torneira fechou. Pelo
menos para investimentos
mais pesados, para voos
mais altos. Há dois motivos
para isso. O primeiro é bem
fácil de contabilizar.
Por que colocar US$ 3 milhões num piloto que vai correr na Indy, em provas às vezes só exibidas por canal fechado ou em VT, se com metade desta verba você patrocina uma baciada de carros
na Stock, mostrada pela
Globo? Por que preferir um
piloto que, no fundo do pelotão, mal vai aparecer nas
imagens geradas pela FOM?
O segundo é intangível: o
fim do encanto. A ficha caiu.
Não, o Brasil não é uma usina inesgotável de campeões, o segredo não está na
água. O automobilismo brasileiro só foi forte lá fora
quando era forte aqui dentro. E hoje é uma piada.
Convenhamos, até que a
ilusão durou.
STOCK CAR
VERGONHA
E então a Stock resolve fazer
uma sessão de testes num
"autódromo" sem as menores condições de segurança,
Piracicaba. Daí que Xandinho Negrão passa direto numa reta, acerta um barranco, voa por cima de um
alambrado (!) e vai parar no
mato. Fraturas na clavícula
e na mão. E ficou barato. Essa é nossa maior categoria.
MOTOGP
NA MALÁSIA
Com mais de 60 C no asfalto, a categoria testou nesta
semana em Sepang e, nos
três dias, o domínio foi da
Honda, com destaque para
Stoner. Após penar na Ducati, o australiano deve ser
o homem mais feliz do mundo. Rossi, que passou mal
na quarta-feira, foi figurante. O campeonato começa
em 20 de março, no Qatar.
Texto Anterior: Olimpíada: São Caetano contrata 600 atletas para reconstruir modelo esportivo Próximo Texto: Foco: Sensação, Mirassol só quer evitar rebaixamento Índice | Comunicar Erros
|