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Natação quer todos de traje high-tech
Federação investigará maiô, mas diz que prioridade é garantir acesso a ele; holandesa se torna a mais rápida do mundo
Com a vestimenta, Marleen Veldhuis supera recorde dos 50 m livre no Europeu; sem a peça, italiana crava melhor tempo dos 400 m livre
DA REPORTAGEM LOCAL
O Europeu de natação assistiu ontem a mais duas quebras
de recordes mundiais. Uma
mulher superou a marcas dos
50 m livre; outra, a dos 400 m
livre. Apenas a primeira usava o
traje tecnológico que levantou
polêmica nas piscinas.
O feito solitário da italiana
Federica Pellegrini, porém, não
foi suficiente para aplacar as
dúvidas sobre o maiô que vestiu
os nadadores de 12 dos 13 recordes já superados neste ano.
Seguindo a toada de Alain
Bernard, agora recordista dos
50 m e 100 m livre, a holandesa
Marleen Veldhuis, 28, tornou-se ontem a mulher mais rápida
da natação ao cravar 24s09.
A marca anterior dos 50 m livre era 24s13, de sua compatriota Inge de Bruijn, obtida em
na Olimpíada de Sydney-2000.
"Agora sou a mulher mais rápida na água [tem também o recorde em piscina curta]. É fantástico competir em casa com
essa torcida", disse Marleen ao
engrossar a estatística de feitos
obtidos com o LZR Racer.
A federação internacional da
modalidade, que fará reunião
em abril com a Speedo, fabricante da vestimenta, elegeu nova prioridade: garantir que todos os atletas tenham acesso
aos trajes após o lançamento.
"É a prioridade número um.
Isso é uma obrigação dos fabricantes e já está na regra", afirmou ontem Cornel Marculescu, diretor executivo da Fina.
O dirigente disse que serão
discutidos dois pontos principais com a Speedo, o material
usado na confecção do traje e
sua disponibilidade.
O site especializado em natação www.swimnews.com
afirmou ter recebido e-mail de
um nadador "top 10" que tentou comprar o LZR Racer. Foi
informado de que talvez pudesse consegui-lo até junho. Sua
seletiva olímpica é em abril.
Técnicos e dirigentes procuraram a Fina para pedir novo
processo de avaliação dos
maiôs -o da Speedo foi aprovado. "Há reclamações de que o
traje é como o de triatlo. Há
questões sobre a flutuabilidade. Temos de rever isso, mas
não há testes que digam que
um maiô melhore a performance", afirmou Marculescu.
Sem o polêmico traje, Federica Pellegrini superou ontem a
marca da campeã olímpica e
mundial Laure Manaudou nos
400 m livre, com 4min01s53.
"Eu queria desesperadamente
o ouro, mas não imaginava que
seria com esse tempo."
Manaudou não viu a quebra
-já havia deixado Eindhoven
para se preparar para a seletiva
olímpica francesa. Seu compatriota Alain Bernard não voltou
a superar o recorde, mas com
21s66 venceu os 50 m livre. Em
três dias, o atleta quebrou três
recordes dentro do LZR Racer.
Com agências internacionais
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