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Engenhão, 3, já convive com "problemas graves"
Estádio, construído por R$ 380 milhões, tem falhas relevantes na estrutura
Construída para o Pan-2007, e também nos planos para
a Olimpíada do Rio-2016, arena precisa de macacos hidráulicos nas fundações
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Menos de três anos após ter
sido inaugurado, o Estádio
Olímpico João Havelange, o
Engenhão, apresenta ""problemas estruturais graves".
A avaliação consta num relatório enviado ao prefeito do
Rio, Eduardo Paes, pelo Botafogo, que arrendou o estádio logo
após o final do Pan de 2007.
A arena consumiu cerca de
R$ 380 milhões dos cofres municipais e será o palco do atletismo na Olimpíada de 2016.
""Diante dos fatos convoquei
uma reunião com o clube e as
construtoras para definir as
responsabilidades sobre o problema", disse o prefeito do Rio,
que não deu muitos detalhes
sobre as falhas ""estruturais".
Ele apenas comentou dois
""problemas". Segundo o prefeito, o Botafogo citou ""o encontro de lajes" de sustentação da
estrutura. E o Consórcio Engenhão (OAS/Odebrecht) recomendou ao prefeito, em ""relatório ainda extraoficial", a colocação de macacos hidráulicos
nas fundações da arena.
A partir do segundo semestre, o Engenhão será o principal
estádio do Rio. Com o Maracanã fechado para reforma, que
deve demorar dois anos e meio,
o estádio vai abrigar a maioria
dos jogos dos grandes até 2013.
Projetado como uma arena
"inteligente", o Engenhão tem
tecnologia semelhante à dos estádios da Copa da Alemanha.
Localizado no Engenho de
Dentro, a arena tem telões com
capacidade para transmitir o
jogo ao vivo, sistema de iluminação que não produz sombra
no gramado e uma cobertura
que virou marco arquitetônico.
Foi projetado ter os 45 mil lugares cobertos. Em 2003, a prefeitura informou que o estádio
custaria R$ 60 milhões.
Assessor da presidência do
Crea-RJ (Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura do
Rio de Janeiro), Abílio Borges
disse que constatou ""problemas pontuais de corrosão na
estrutura" na visita que realizou em novembro passado.
""Vou olhar com muito carinho os problemas do Engenhão, mas quero esclarecer que
não é uma situação de pânico. A
situação é perfeitamente administrável", afirmou o prefeito.
O Consórcio Engenhão
(OAS/Odebrecht) informou
que "todas as responsabilidades observadas em cláusulas
contratuais sempre foram
cumpridas". O consórcio não
quis comentar o motivo de ter
recomendado a colocação de
macacos hidráulicos, mas confirmou representante na reunião de amanhã com o prefeito.
O presidente do Botafogo,
Maurício Assumpção, minimizou os problemas da arena.
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