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Inchado, Estadual do Rio vê testemunhas e adeptos do "futebol alternativo"
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
Além de parentes de atletas, olheiros, empresários e
poucos torcedores, o público
dos esvaziados jogos do Estadual do Rio tem a contribuição de fanáticos em partidas
de times pequenos e de pouca
frequência. Testemunhar
lances bizarros, ouvir ao vivo
o som de um chute a gol e valorizar clubes de bairro levam
o grupo a estádios em que
poucos se aventuram.
"A sensação de exclusividade é muito boa. Aquela coisa
de só você ver aquele jogo. E
às vezes não é exagero", afirma Gabriel Andrezo, 19.
Inflado, o Estadual do Rio
aumentou essa oportunidade. Com 12 times pequenos, o
público reduzido é a marca
negativa da competição.
Nas 102 partidas do torneio
até aqui, só 13 tiveram mais
de 10 mil pagantes. No último
domingo, Botafogo e Flamengo levaram 6.707 pessoas a
pagar ingresso. A média de
público nos jogos pequenos
não passa de 400 torcedores.
O grupo dos adeptos do
chamado "futebol alternativo" se conheceu pela internet
e frequenta jogos da segunda
e terceira divisões. "Testemunhas do futebol", eles veem
cenas dignas da várzea. O vascaíno Andrezo diz ter visto o
Bela Vista, da terceira divisão,
iniciar um jogo com dez atletas, contra o Leme, porque
seu artilheiro se atrasou.
Henrique Garcia Pinto, 18,
testemunhou o CFZ usar uniforme não oficial com a numeração feita de esparadrapo. O time não levara a camisa
reserva para pegar o Olaria.
Ambos são branco e azul. Até
Viola recorreu ao esparadrapo, diz Vitor Costa, 16. Após
ter a camisa rasgada em jogo
pelo Angra dos Reis (2008),
ele vestiu a 19, escondendo o
primeiro número sob a fita.
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