São Paulo, quinta-feira, 25 de março de 2010

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Inchado, Estadual do Rio vê testemunhas e adeptos do "futebol alternativo"

ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Além de parentes de atletas, olheiros, empresários e poucos torcedores, o público dos esvaziados jogos do Estadual do Rio tem a contribuição de fanáticos em partidas de times pequenos e de pouca frequência. Testemunhar lances bizarros, ouvir ao vivo o som de um chute a gol e valorizar clubes de bairro levam o grupo a estádios em que poucos se aventuram.
"A sensação de exclusividade é muito boa. Aquela coisa de só você ver aquele jogo. E às vezes não é exagero", afirma Gabriel Andrezo, 19.
Inflado, o Estadual do Rio aumentou essa oportunidade. Com 12 times pequenos, o público reduzido é a marca negativa da competição.
Nas 102 partidas do torneio até aqui, só 13 tiveram mais de 10 mil pagantes. No último domingo, Botafogo e Flamengo levaram 6.707 pessoas a pagar ingresso. A média de público nos jogos pequenos não passa de 400 torcedores.
O grupo dos adeptos do chamado "futebol alternativo" se conheceu pela internet e frequenta jogos da segunda e terceira divisões. "Testemunhas do futebol", eles veem cenas dignas da várzea. O vascaíno Andrezo diz ter visto o Bela Vista, da terceira divisão, iniciar um jogo com dez atletas, contra o Leme, porque seu artilheiro se atrasou.
Henrique Garcia Pinto, 18, testemunhou o CFZ usar uniforme não oficial com a numeração feita de esparadrapo. O time não levara a camisa reserva para pegar o Olaria. Ambos são branco e azul. Até Viola recorreu ao esparadrapo, diz Vitor Costa, 16. Após ter a camisa rasgada em jogo pelo Angra dos Reis (2008), ele vestiu a 19, escondendo o primeiro número sob a fita.


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