São Paulo, quinta-feira, 25 de março de 2010

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Santos freia obsessão por novas goleadas

Após 10 a 0 na Copa do Brasil e 9 a 1 no Estadual, equipe faz alerta à torcida

Para Dorival Jr., placares elásticos não podem ser previstos; Botafogo, rival de hoje, já foi goleado 15 vezes pelo Santos na história

LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

O torcedor do Santos versão 2010 é um sujeito mal-acostumado. Culpa dos novos meninos da Vila, que voltaram a fazer das goleadas parte da rotina do clube da Baixada Santista.
Mas os jogadores e o técnico Dorival Jr. advertem: placares elásticos não são regra. A preocupação do Santos, que hoje enfrenta o Botafogo, às 21h, em Ribeirão Preto, é não entrar na euforia exagerada da torcida.
Pois, se vencer por um simples 1 a 0, garantirá matematicamente sua vaga para as semifinais do Campeonato Paulista.
Mas o placar mínimo não tem sido nada comum para a trupe de Neymar, Robinho (que não jogam hoje), Paulo Henrique Ganso e companhia.
Afinal, neste ano, de cada três jogos que o Santos fez, goleou em um. Das 14 vitórias que obteve, seis foram por uma diferença de três ou mais gols. Em todo o ano passado, o Santos goleou só três vezes; em 2008, foram cinco vitórias elásticas.
"Goleadas não são previstas. São situações que acabam acontecendo, e nossos jogadores sabem disso", disse o técnico Dorival Jr., sempre contido ao falar sobre o assunto.
A tendência é histórica. Segundo levantamento feito pela reportagem com números do próprio clube, 28,7% das 2.816 vitórias que o Santos conquistou em toda a história foram assim, com larga folga no placar.
E o Botafogo de Ribeirão é uma das vítimas preferidas do Santos. Em toda a história, levou 15 goladas do alvinegro, incluindo os 11 a 0 de 1964, na Vila, com Pelé fazendo oito gols.
Também foi na geração de Pelé que, pela última vez, o Santos havia conquistado duas vitórias tão acachapantes como agora. Em junho de 1970, bateu o Benfica de Hudson, dos EUA, por 10 a 0. No mês seguinte, venceu o Sergipe por 9 a 1. Os mesmos placaras aplicados em Naviraiense e Ituano neste ano.
De volta à realidade atual, o volante Arouca engrossa o coro do treinador. "A torcida está se acostumando com isso, claro que ela vai entrar na euforia, quer ver sempre espetáculo. Mas sabemos que nem sempre vamos conseguir as goleadas. Queremos vencer, seja por um, três ou cinco gols", disse.
Madson, confirmado no ataque ao lado de André, faz seu apelo. "O pessoal precisa entender que não é fácil marcar nove, como contra o Ituano."
Hoje, Dorival aposta na fórmula que deu certo no domingo passado. Mais uma vez não terá Neymar, suspenso, e Robinho, que ainda se recupera de lesão. O time será praticamente o mesmo, com exceção de Wesley, também suspenso. No Pacaembu, qualquer desconfiança sobre os desfalques foi rechaçada pelos 9 a 1.


NA TV - Botafogo x Santos
Sportv, ao vivo, às 21h




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