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Santos freia obsessão por novas goleadas
Após 10 a 0 na Copa do Brasil e 9 a 1 no Estadual, equipe faz alerta à torcida
Para Dorival Jr., placares elásticos não podem ser previstos; Botafogo, rival de hoje, já foi goleado 15 vezes pelo Santos na história
LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
O torcedor do Santos versão
2010 é um sujeito mal-acostumado. Culpa dos novos meninos da Vila, que voltaram a fazer das goleadas parte da rotina
do clube da Baixada Santista.
Mas os jogadores e o técnico
Dorival Jr. advertem: placares
elásticos não são regra. A preocupação do Santos, que hoje
enfrenta o Botafogo, às 21h, em
Ribeirão Preto, é não entrar na
euforia exagerada da torcida.
Pois, se vencer por um simples 1 a 0, garantirá matematicamente sua vaga para as semifinais do Campeonato Paulista.
Mas o placar mínimo não
tem sido nada comum para a
trupe de Neymar, Robinho
(que não jogam hoje), Paulo
Henrique Ganso e companhia.
Afinal, neste ano, de cada três
jogos que o Santos fez, goleou
em um. Das 14 vitórias que obteve, seis foram por uma diferença de três ou mais gols. Em
todo o ano passado, o Santos
goleou só três vezes; em 2008,
foram cinco vitórias elásticas.
"Goleadas não são previstas.
São situações que acabam
acontecendo, e nossos jogadores sabem disso", disse o técnico Dorival Jr., sempre contido
ao falar sobre o assunto.
A tendência é histórica. Segundo levantamento feito pela
reportagem com números do
próprio clube, 28,7% das 2.816
vitórias que o Santos conquistou em toda a história foram assim, com larga folga no placar.
E o Botafogo de Ribeirão é
uma das vítimas preferidas do
Santos. Em toda a história, levou 15 goladas do alvinegro, incluindo os 11 a 0 de 1964, na Vila, com Pelé fazendo oito gols.
Também foi na geração de
Pelé que, pela última vez, o Santos havia conquistado duas vitórias tão acachapantes como
agora. Em junho de 1970, bateu
o Benfica de Hudson, dos EUA,
por 10 a 0. No mês seguinte,
venceu o Sergipe por 9 a 1. Os
mesmos placaras aplicados em
Naviraiense e Ituano neste ano.
De volta à realidade atual, o
volante Arouca engrossa o coro
do treinador. "A torcida está se
acostumando com isso, claro
que ela vai entrar na euforia,
quer ver sempre espetáculo.
Mas sabemos que nem sempre
vamos conseguir as goleadas.
Queremos vencer, seja por um,
três ou cinco gols", disse.
Madson, confirmado no ataque ao lado de André, faz seu
apelo. "O pessoal precisa entender que não é fácil marcar
nove, como contra o Ituano."
Hoje, Dorival aposta na fórmula que deu certo no domingo
passado. Mais uma vez não terá
Neymar, suspenso, e Robinho,
que ainda se recupera de lesão.
O time será praticamente o
mesmo, com exceção de Wesley, também suspenso. No Pacaembu, qualquer desconfiança sobre os desfalques foi rechaçada pelos 9 a 1.
NA TV - Botafogo x Santos
Sportv, ao vivo, às 21h
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