São Paulo, quinta-feira, 25 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Informações e fofocas na bagagem


Na África do Sul, chefes de governo, de segurança, de marketing e de aeroportos são simples, ótimos papos


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A VIAGEM de uma semana pela África do Sul foi rica em histórias, informações e fofocas (umas impublicáveis). Vamos a elas.
Num papo de quase uma hora com o chefe da segurança da Copa, Vishnu Naidoo, ele explicou com detalhes a metodologia da polícia sul-africana, que aposta, por exemplo, em jatos de água, não balas de borracha (ou gás de pimenta, comum em estádios brasileiros), para conter tumultos. Será assim se ocorrer algo sério no Mundial. Porém boa parte da conversa foi sobre o helicóptero da polícia abatido no Rio no ano passado. Naidoo mostrou-se impressionado com o caso e me entrevistou a respeito da "segurança" no Brasil.
Falei também com o responsável pelos aeroportos do país, o gerente da Airports Company South Africa, Christopher Hlekane. Simpático e acessível como quase todos os sul-africanos em cargos importantes, ele falou das muitas melhorias nos aeroportos do país, que estão 90% prontos (falta alguma coisa no de Durban, novo em folha), mas fez também comentários sobre Cumbica: "Precisa de duas coisas, capacidade e beleza". Hlekane deixou claro que há muito a ser feito para 2014.
Tomei um café da manhã com Roshene Singh, chefe do marketing da Copa, e Lucas Radebe, ex-capitão dos Bafana Bafana. Eles embarcariam dias depois para o Brasil para promover a Copa, pois a venda de pacotes por aqui ficou bem abaixo das expectativas. Se na Argentina houve a desculpa de que o time custou a se classificar, aqui, com economia pulsante, ninguém entendeu a pequena procura por ingressos.
Os estádios Green Point (Cidade do Cabo) e Soccer City (Johannesburgo) são maravilhosos (deixam todos os brasileiros com inveja), assim como o de Durban, que não conheci. Mas o estádio de Loftus (Pretória) está bem caído, velho, limitado. A África do Sul jogará contra o Uruguai lá, mas a procura maior por ingressos é para Chile x Espanha.
O time anfitrião não empolga tanto quanto o governo faz crer. Esbanjando otimismo, as maiores autoridades do país pedem que o povo use até a Copa o uniforme da seleção.
Kgalema Mothlanthe, o vice do país, elogiou a minha singela camisa de videogame, e eu disse que a dele, a amarela da seleção, era bem bacana.
E ouvi coisas curiosas dos hermanos. O hotel da Argentina, por exemplo, não terá o quarto 17 por superstição (de Bilardo, que mandou pôr 13 chuveiros em Rosario para o Brasil).

NOTAS DA COPA-1970
1º Brasil 10
2º Alemanha Ocidental 9
3º Inglaterra e Itália 8
5º Peru e Uruguai 6
7º México, Romênia, Suécia e União Soviética 4
11º Israel 3
12º Bélgica e Tchecoslováquia 2
14º Bulgária e Marrocos 1
16º El Salvador 0

rodrigo.bueno@grupofolha.com.br


Texto Anterior: Construtora garante a nova arena do Grêmio
Próximo Texto: Santos freia obsessão por novas goleadas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.