São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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Destaques nos números ficam no banco da seleção

Juninho, Gilberto, Gilberto Silva, Cicinho e Robinho foram melhor nos fundamentos que os titulares de suas posições

Em apenas um jogo, laterais suplentes fizeram, juntos, 11 cruzamentos; Roberto Carlos e Cafu realizaram, no total, 14 em duas partidas


DOS ENVIADOS A BERGISCH GLADBACH

Se só o desempenho dentro de campo na primeira fase contar, os reservas da seleção brasileira que jogaram contra o Japão podem mudar de status.
Cicinho, Gilberto, Gilberto Silva, Juninho e Robinho são os atletas de maior destaque nos rankings individuais tabulados pelo Datafolha, com vantagem sobre os donos da posição -alguns já não tão donos assim.
Juninho, que já pediu lugar no time, mostrou versatilidade. Distribuiu a bola com grande qualidade -errou só um dos 61 passes que tentou. O aproveitamento de 98,4% foi o melhor do Mundial na primeira fase.
É verdade que Zé Roberto, titular da posição, também tem bom passe (95,9%). Mas, quando comparado a Juninho em termos ofensivos, o atleta do Bayern de Munique perde de goleada. Contra os japoneses, o volante do Lyon finalizou quatro vezes e marcou um gol.
Em 199 minutos de Copa (disputou os jogos inteiros contra Croácia e Austrália e parte do duelo com o Japão), Zé Roberto não finalizou a gol.
Na outra posição de volante, Gilberto Silva foi mais consistente que Emerson. Isso tanto no passe quanto nas roubadas de bola. Nas trocas de bola, a vantagem do jogador do Arsenal é de só um ponto percentual. Ele fez 17 desarmes contra o Japão, diante da média de 15 do volante da Juventus nos jogos com Croácia e Austrália.
Cicinho e Gilberto foram laterais mais efetivos do que Cafu e Roberto Carlos. E, se é verdade que deixaram espaços na defesa, também produziram marcas defensivas consistentes.
Cicinho conseguiu 25 desarmes. Ele tem uma média que o coloca como o sexto melhor no fundamento na primeira fase.
Mas foi na hora de apoiar que ele e Gilberto golearam. Contra croatas e australianos, Cafu teve média de 35,5 bolas recebidas, e Roberto Carlos, de 33,5.
Tanto Cicinho quanto Gilberto foram acionados 63 vezes contra o Japão. Com essa marca, aparecem em quinto no ranking dos jogadores mais procurados da Copa na fase inicial.
Em 180 minutos, os titulares cruzaram a bola 14 vezes. Na metade desse tempo, os laterais alçaram 11 bolas. Além do gol de Gilberto, Cicinho deu o passe no primeiro gol de Ronaldo.
Mais cotado entre os reservas, Robinho já é o terceiro da Copa na média de dribles, com sete tentativas por jogo. Isso mesmo tendo atuado menos tempo que o holandês Robben e o português Cristiano Ronaldo, os únicos que o superam. (EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)


Os brasileiros em cada Copa >> www.folha.com.br/061489

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