São Paulo, segunda-feira, 25 de junho de 2007

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São Paulo "mata" jogo em 45 minutos

Time acerta o pé no primeiro tempo com Aloísio e Dagoberto, dupla que brilhou no Atlético-PR e que definiu clássico

Santos 0
São Paulo 2

DO ENVIADO A SANTOS

No clássico de ontem, o São Paulo precisou apenas de um tempo para consolidar sua vitória. E os gols saíram dos pés de uma antiga dupla, que brilhou no Atlético-PR em 2004. Aloísio e Dagoberto revitalizaram o ataque tricolor e conduziram o time na Vila Belmiro.
Os números do Datafolha no primeiro tempo dão mostra da superioridade são-paulina: foram 14 finalizações, contra apenas 2 do time alvinegro. No segundo tempo, o Santos chutou a gol 10 vezes, contra somente 5 do São Paulo.
O problema é que a equipe de Vanderlei Luxemburgo não pôs o pé na forma: das 12 conclusões, acertou apenas 2.
"Isso não é uma característica do time do Santos, apenas foi um fato do jogo de hoje [ontem]. Tem dia que você não vai bem", disse o comandante santista. O São Paulo acertou o gol em 7 das suas 19 tentativas.
E tirou o zero do placar aos 21min do primeiro tempo, na redenção de Aloísio, que não marcava havia dois meses.
Em escanteio batido por Jorge Wagner, o centroavante subiu mais que Carlinhos, raspou a cabeça na bola, e o goleiro Fábio Costa, impotente, só olhou.
Até então um jogo chato, o San-São ganhou em emoções. Minutos após o gol, o Santos esteve muito perto de empatar, quando Renatinho, dentro da área, recebeu passe de Carlinhos. Sem conseguir dominar, foi desarmado por Rogério.
Além disso, Luxemburgo operou sua primeira alteração quando o volante Adriano sentiu a coxa. Em busca de mais agressividade e reação, pôs o jovem atacante Wesley, 20 anos completos ontem.
Consciente, o time do Morumbi manteve sua filosofia de contra-ataques, em que o volante Hernanes aparecia muito bem na saída de jogo, ganhando elogios de Muricy Ramalho, mas também ressalvas.
"Ele está bem, mas não é um primeiro volante. Tanto ele quanto Richarlyson jogam abrindo para o lado, e nosso centro fica muito aberto, por isso temos que jogar com três zagueiros", declarou o técnico.
O segundo gol são-paulino surgiu de uma seqüência de três conclusões que a defesa do Santos não conseguiu impedir. A primeira foi de Hugo, que não conseguiu dar força à bola. A segunda, de Hernanes, que acertou o poste direito de Fábio Costa. E a terceira, o chute de Dagoberto, com as redes livres para o primeiro gol do atacante com a camisa tricolor.
"Eu estava sabedor da minha responsabilidade. Quando as pessoas cobram, é porque você tem algo oferecer", afirmou ele, que reviveu com Aloísio a dupla de ataque do Atlético-PR finalista da Libertadores-04 e derrotado por seu clube atual.
O segundo tempo foi de desaceleração tricolor, mas não de queda de eficiência. Confiante na defesa, o time se entricheirou diante de um Santos que partia com tudo, mas chutava mal. Tanto que, aos 12min, Dagoberto deu um belo chute, defendido por Fábio Costa, que espalmou para o meio da área.
O jogo parecia que ia ficar mais perigoso para o São Paulo quando Hugo, que já tinha amarelo, reclamou com o árbitro Paulo César de Oliveira e levou um cartão vermelho.
"Não falei nada para o árbitro, só reclamei", disse Hugo, que, ainda assim, terminou o jogo como o mais acionado do São Paulo, com 33 bolas.
O meia poderia ter virado vilão de uma vitória tranqüila, não fosse a dura entrada do santista Adaílton em Breno, que resultou na segunda expulsão do jogo.0 (MÁRVIO DOS ANJOS)


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