São Paulo, segunda-feira, 25 de junho de 2007

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entrevista

Muricy diz que time crê em seu trabalho

DO ENVIADO A SANTOS

Ao descer para os vestiários da Vila Belmiro, o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, foi ovacionado por uma torcida que, há poucas rodadas, o chamava de burro. O treinador, em resposta, cerrou os punhos, vibrou e bateu no braço. Fiel ao seu estilo de não se empolgar muito com as vitórias, Muricy parecia de fato de alma lavada e, pelos menos em duas oportunidades na entrevista, fez questão de afirmar que o time acreditou na comissão técnica. (MDA)

 

PERGUNTA - Como você explica essa vitória?
MURICY RAMALHO -
Acho que, para enfrentar o Santos, que é um time que vem para cima e é leve, você tem que marcar forte e ir ao contra-ataque. Nos posicionamos bem em campo, e a gente se dá bem na Vila dessa maneira. Os jogadores acreditaram nisso.

PERGUNTA - O que representaram os gestos de bater no peito feitos por você? O superientendente do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, disse que é porque você está "muito vivo".
MURICY -
Vivo eu estou sempre. Às vezes você passa um momento ruim no futebol, mas você tem que saber passar por isso. Quem está em time grande tem que ter personalidade. É duro ser criticado. Fiquei seis meses sem perder um jogo, ganhei um Brasileiro, e, de repente, você é uma porcaria. As pessoas têm que analisar melhor.

PERGUNTA - O que melhorou no ataque hoje?
MURICY -
Eles são parceiros, foram parceiros no Atlético-PR e um complementa muito o outro. O Dagoberto é mais leve, e o Aloísio protege bem a bola e tromba muito. Conversei com o Dagoberto e recomendei que ele entrasse mais na área. Se ele não estivesse lá, não faria aquele gol [o segundo do clássico] nunca. Ele está acreditando no que a gente fala, mas ainda falta muito.


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