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Craque adolescente era abusado e chorão
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO
O mundo todo conhece o
Cristiano Ronaldo popstar do
futebol, jogador mais caro da
história, astro do Real Madrid e craque da seleção portuguesa. Mas poucos viram o
despertar de sua carreira.
Dois brasileiros estão entre os privilegiados. O lateral
direito César Prates, hoje no
Náutico, e o zagueiro aposentado André Cruz, ex-Milan, estavam no Sporting
quando o atual capitão de
Portugal começou a treinar
entre os profissionais.
"Nesse período, a gente já
via que ele era acima da média. Era um menino que parecia muito com o Ronaldo [Fenômeno] jovem, com cabelo
enroladinho, magrinho, mas
já alto para a idade dele. Era
muito rápido e difícil de ser
marcado", diz André Cruz.
Cristiano Ronaldo virou
profissional em grande estilo. Aos 17, estreou marcando
dois gols. Era o início do caminho para tornar real sua
previsão de adolescente.
"Ele tinha algo interessante", lembra César Prates. "Já
falava que iria ser o melhor
jogador do mundo. Não foi
surpresa para mim quando
conseguiu [ganhou o prêmio
da Fifa em 2008]."
"Dentro de campo, ele tinha uma personalidade muito forte. Ia para cima, dava
umas pedaladinhas. Uma
vez, o Dimas [ex-lateral português] estava voltando de
lesão e treinou com os reservas. Voltou falando: não dá
para parar esse puto [menino, em Portugal] nem na porrada", conta André Cruz.
César Prates foi além. Segundo o lateral, a obstinação
do Cristiano Ronaldo recém-
-profissionalizado chegava a
um ponto crítico: ele simplesmente não aceitava sair
de campo derrotado.
"Quando nós perdíamos,
ele chorava no vestiário, e
a gente tinha que ir lá consolá-lo. Ele ama futebol."
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