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Americano vence jogo de 11 horas
Em Wimble don, partida mais longa da história acaba 70/68 no 5º set
DE SÃO PAULO
Após 11 horas e cinco minutos em quadra distribuídas em três dias, o americano
John Isner derrotou o francês
Nicolas Mahut no jogo mais
longo da história do tênis.
"Quando você disputa
uma partida como essa, em
um ambiente como esse, não
se sente cansado", disse o
americano, após marcar 70/
68 no quinto set. "Embora seja assim que nós estávamos."
Isner, 19º do ranking,
avançou à segunda rodada
de Wimbledon com 3 a 2 (6/4,
3/6, 6/7, 7/6 e 70/68).
Ele volta à quadra hoje, às
8h, para enfrentar o holandês Thiemo De Bakker, que
também precisou de cinco
sets, mas de quatro horas e
seis minutos, para bater o colombiano Santiago Giraldo.
Na sequência, Isner, 25,
faz sua estreia em duplas.
Será o quarto dia consecutivo de jogos para Isner, que
disse ter dormido menos de
quatro horas na noite anterior ao final da partida.
Seu confronto com Mahut
teve início na terça-feira. Depois de duas horas e 54 minutos de jogo e empate em 2 sets
a 2, a partida foi interrompida pela primeira vez por falta
de iluminação natural.
Anteontem, sem tie-break
no quinto set, eles jogaram
sete horas e seis minutos,
mas ninguém abriu dois games de vantagem necessários para vencer até nova paralisação por falta de luz.
Ontem, em uma hora e cinco minutos, eles decidiram o
confronto, que foi interrompido anteontem com 59/59,
quando a organização até
qualificou o duelo como o
"jogo que nunca acaba".
"Infelizmente alguém tinha que perder", disse Mahut, que precisou passar pelo
qualifying por ser o 148º do
mundo. "Mas dividir este dia
com ele foi uma honra. Talvez nos encontremos de novo, mas não vai chegar a 70/
68", completou ele, que disse
ter dormido só três horas.
Com 11 horas e cinco minutos e 183 games, foi, de longe,
o mais longo jogo do tênis em
termos de tempo e games. Os
recordes anteriores eram seis
horas e 33 minutos, de 2004,
e 112 games, de 1969.
O marca de aces (78 de
2009) em um jogo também
foi superada pelo americano
(112) e pelo francês (103).
Horas após as marcas históricas, Mahut voltou à quadra 18, onde são marcadas só
partidas secundárias.
Ele encarou, com o compatriota Arnaud Clement, os
britânicos Colin Fleming e
Kenneth Skupski. Mas, após
perder dois sets, Mahut viu
novamente a partida ser interrompido pela escuridão.
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