DA REPORTAGEM LOCAL

Nas duas primeiras rodadas, a chave do Torneio de Los Angeles beneficiou Gustavo Kuerten em sua volta às quadras duras.
Hoje, em horário não definido até o fechamento desta edição, o brasileiro enfrenta o britânico Martin Lee, 163º colocado no ranking de entradas, que, em 2002, só conseguiu quatro vitórias em torneios de primeira linha da ATP.
A última vez que Guga enfrentou um tenista mais mal colocado que Lee na listagem foi em julho do ano passado, durante o Masters Series de Montreal. Ele precisou de três sets para vencer o haitiano Ronald Agenor (178º).
Lee é o segundo adversário seguido de Kuerten que está fora dos top 100. Em sua estréia, anteontem, o brasileiro derrotou o suíço George Bastl, 116º no ranking e com apenas dois triunfos neste ano, por 2 sets a 0 (7/5 e 7/6).
"O Lee é um canhoto e vou ter que continuar jogando de maneira agressiva", afirmou o brasileiro, que enfrenta o adversário de hoje pela primeira vez.
A última vez que Guga havia tido essa facilidade (enfrentar na sequência dois tenistas estranhos ao top 100) foi justamente nas primeiras rodadas do Torneio de Los Angeles em 2001.
Na estréia do ano passado, o brasileiro enfrentou o francês Michael Llodra, na época o 114º.
Como anteontem, Kuerten precisou de um tie-break para fazer 2 sets a 0 e avançar no torneio.
Na segunda rodada, o adversário de Guga foi o novato americano Robby Ginepri, então com 18 anos e que ocupava a 475ª colocação no ranking da ATP.
A partir daí, o brasileiro não teve mais moleza. Pegou o alemão Tommy Haas, então 22º e hoje o terceiro, e o americano Andre Agassi, terceiro, quando caiu.
Se passar por Lee hoje, Kuerten vai ter, com certeza, uma revanche na terceira rodada, já que seu próximo rival sai do confronto entre Agassi, atualmente o sétimo do mundo, e Ginepri, hoje o 102º.
Em sua primeira competição em quadra dura desde o Aberto da Austrália, em janeiro, Guga diz não saber o que esperar de si próprio. "Às vezes, me vejo ganhando uma partida e alcançando a semifinal. É tudo um pouco confuso na minha cabeça. Este ano é diferente para mim", afirmou o tenista, que passou por uma artroscopia no quadril direito, em fevereiro, e ficou afastado do circuito por cerca de dois meses.
Kuerten já jogou cinco torneios após se recuperar da cirurgia, mas todos no saibro, piso mais lento e que exige menos força.
Além de tentar se adaptar a um nova superfície, na qual disputa os próximos cinco torneios, Guga atua, mesmo que ele afirme que isso não tem tanta importância agora, sob pressão do ranking.
Ele começou o ano no segundo lugar e atualmente ocupa o 19º. Uma vitória sobre Lee vale 40 dos 75 pontos que Kuerten precisa defender nesta semana.



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