São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 2002

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Ministério não abre mão de esticar Nacional

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério do Esporte está irredutível na decisão de ampliar o tempo de duração do Campeonato Brasileiro-2003.
A disputa do torneio em oito meses é um dos principais pilares do projeto de modernização e moralização do futebol, encabeçado pelo ministério.
A fórmula do calendário para 2003 surgiu com os trabalhos do Grupo de Estudos Especiais formado pelo ministério, que contou com a presença de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, entre outros.
Também participou da comissão o senador Geraldo Althoff (PFL-SC), que foi relator da CPI do Futebol.
O modelo final, que ganhou o apoio da TV Globo, deixa dez datas reservadas para os campeonatos estaduais, o que contraria frontalmente os interesses das federações, inclusive as de São Paulo e Rio de Janeiro.
Os principais clubes do país também são favoráveis à ampliação do Brasileiro, que começaria no primeiro semestre e só acabaria em dezembro.
Segundo o ministério, somente uma reformulação radical do calendário pode iniciar a recuperação financeira dos clubes. Já as federações dizem que o modelo proposto pela TV e pelo governo vai representar a falência completa das pequenas agremiações.
O cenário atual é o mesmo do final do ano passado, quando federações e clubes racharam a elite do futebol brasileiro.
Na ocasião, no entanto, acuada pela CPI do Futebol, no Senado, a CBF tomou partido das federações e chegou a ameaçar não reconhecer as equipes que aderissem à Liga Nacional de Clubes, que será responsável pelo Campeonato Brasileiro do ano que vem.
Uma definição para o caso só deverá ocorrer em setembro.


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