São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Após afago, Luxemburgo judia do Santos de Cuca

Técnico, que pediu manutenção do treinador rival, deu-se melhor no clássico

Palmeiras ganha, volta à zona da Libertadores e mantém santistas e seu comandante nas profundezas da tabela


Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Gladstone celebra o 4º gol do Palmeiras

GIULLIANA BIANCONI
RENAN CACIOLI
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de a bola rolar, um abraço selou a paz entre Vanderlei Luxemburgo e Cuca, personagens da polêmica que agitou o clássico nos últimos dias. Mas foi justamente o técnico palmeirense, ajudado pelo goleiro rival, quem prolongou a agonia do treinador santista.
"Em qualquer clássico, ficam buscando polêmicas para jogar uma pessoa contra a outra", disse Luxemburgo, ontem, admitindo que telefonou para o presidente santista, Marcelo Teixeira, na semana passada, fato que desencadeou a saia justa com Cuca.
O técnico palmeirense aconselhou o dirigente a segurar Cuca no cargo, após este ter jogado a toalha depois da derrota para o Figueirense.
"Falei para o Marcelo caminhar junto com a equipe, e que o Cuca é um grande treinador", afirmou Luxemburgo.
Dentro de campo, as falhas de Felipe, substituto do lesionado Fábio Costa, foram determinantes nos 4 a 2 de ontem à noite no Parque Antarctica, que fizeram o Palmeiras entrar no G4 e o Santos se atolar ainda mais na zona do rebaixamento.
Com 24 pontos, a equipe do Parque Antarctica subiu para o quarto lugar. Terá dura missão para permanecer entre os melhores. Depois de amanhã já encontrará com o novo líder do Brasileiro, o Grêmio, que ontem atropelou o Figueirense (7 a 1) em Florianópolis.
O desafio palmeirense soa até doce para o problemático Santos, que continua com 11 pontos somados, em penúltimo lugar na tabela, e se vê obrigado a superar o Vasco, também no domingo, diante de sua torcida.
"Amanhã [hoje], está antecipada a concentração para o jogo contra o Vasco. Manga arregaçada e bola pra frente", falou Cuca, deixando claro que deseja ficar no comando do time.
Mesmo "protegido" por um sistema com três zagueiros, o elenco alvinegro levou três gols em menos de meia hora. O quarto saiu ainda nos acréscimos da primeira etapa.
Na descida para os vestiários, o clima ruim no grupo de Cuca ficou evidente quando o treinador, ainda no campo, gesticulou com Felipe, que falhou.
Mas a cena que melhor caracterizou o inferno astral de Cuca aconteceu nos acréscimos, quando o árbitro José Henrique de Carvalho o expulsou por reclamação. De cabeça baixa, Cuca saiu sem falar. Um silêncio que disse muito sobre o Santos e seu comandante neste Campeonato Brasileiro.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Com ajuda de goleiro, Palmeiras volta ao G4
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.