São Paulo, sábado, 25 de julho de 2009

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Palmeiras dá plenos poderes a Muricy

Diretoria e Traffic dão carta-branca para técnico moldar elenco a seu estilo

Treinador, apresentado ontem, escolhe Diego Souza o craque do time e pede que meia não seja negociado na janela de transferências

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Muricy Ramalho, no reconhecimento dos gramados
da Academia de Futebol, o CT do Palmeiras


MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Muricy Ramalho foi apresentado ontem como novo treinador do Palmeiras. Mas suas atribuições no Parque Antarctica vão muito além de orientar treinos e escalar o time.
O presidente Luiz Gonzaga Belluzzo garantiu que nenhuma contratação ou dispensa será feita sem a aprovação dele. A declaração reforça o que Julio Mariz, presidente da Traffic, parceira palmeirense, já havia dito: "Vamos esperar uma manifestação do Muricy antes de definir qualquer coisa".
A primeira reunião entre o novo treinador, a direção do clube e a cúpula da empresa que investe em jogadores para o Palmeiras deve ser na segunda. Mas Muricy aproveitou sua primeira entrevista coletiva para fazer um pedido: não quer a venda de Diego Souza, jogador que pertence à Traffic.
"Eu sou funcionário do clube e, se for para indicar alguém, vou pedir para a diretoria. Sei dos meus limites, sei até onde posso ir. E no meu trabalho ninguém vai interferir", disse.
O treinador elegeu o camisa 7 o craque do time. "É forte, ataca, marca, faz gol. É fera." Oficialmente, Muricy começa a trabalhar na segunda-feira. Mas ontem já ocorreu a primeira conversa com o elenco. O treino foi orientado por Jorginho, que virou auxiliar.
Hoje, Muricy acompanha o time na viagem a Presidente Prudente, onde amanhã o Palmeiras enfrenta o Corinthians. O treinador vai ficar na tribuna do estádio Prudentão, enquanto Jorginho comandará os jogadores na beira do gramado.
Deve passar algumas orientações ao subordinado por rádio.
"O momento não é de muita interferência, porque o trabalho está sendo benfeito", disse Muricy. "Mas, se ele quiser, eu posso estar no vestiário antes do jogo e até no intervalo."
Em uma hora de entrevista, Muricy escondeu seu conhecido mau humor. Não deixou de responder a nenhuma pergunta e riu ao ouvir as palavras "planejamento" e "projeto".
Só quem não escapou de suas estocadas foi o São Paulo. "Como é que eu posso ser chamado de traidor se eu fui mandado embora de lá?", questionou.
Também criticou o fato de Ricardo Gomes ter sido anunciado pelo São Paulo cerca de 12 horas depois de sua demissão.
"O Palmeiras não conversou com outro enquanto ainda tinha um técnico aqui." Após fazer o possível para descolar sua imagem do ex-clube, Muricy fez juras de amor ao novo patrão. "Darei o sangue pelo Palmeiras. Agora até meus filhos são palmeirenses."


FOLHA ONLINE
Veja a apresentação de Muricy no Palmeiras www.folha.com.br/092056




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