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Bem colocado
Alternativa tapa-buraco para o cargo, Mano mostra-se satisfeito por, 'entre 30, 40, 50 excelentes profissionais', ficar na segunda posição
DE SÃO PAULO
Eram por volta de 11h25
quando Mano Menezes afirmou, para cerca de cem jornalistas que lotaram a sala de
imprensa do Parque São Jorge, que aceitava ser o novo
técnico da seleção brasileira.
Opção tapa-buraco do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que na sexta-feira teve
que lidar com a recusa de
Muricy Ramalho para assumir o cargo, o treinador corintiano disse não se importar com esse status.
"Nós devemos ter, no futebol brasileiro, 30, 40, 50 excelentes profissionais. Se eu
sou o segundo, estou bem colocado. E fui o segundo para
o Muricy, que admiro muito
como pessoa", declarou Mano, que deverá ser apresentado oficialmente pela CBF
amanhã à tarde, no Rio.
Antes de confirmar sua ida
para o time nacional e, consequentemente, sua saída do
Corinthians após dois anos e
sete meses, Mano comandou
um treino coletivo no campo
do Parque São Jorge.
Viram a atividade cerca de
cem torcedores, além do presidente corintiano Andres
Sanchez, do diretor de futebol Mario Gobbi e de Rivellino, ídolo do clube alvinegro.
Minutos antes de Mano
chegar à sala de imprensa, o
capitão corintiano, William,
já parabenizava o chefe em
sua página no Twitter.
"Bom dia! Muita sorte nesse novo desafio, Mano. Estaremos todos torcendo pelo
seu êxito. Obrigado por tudo!", escreveu o zagueiro.
Mano sentou-se em um
dos cantos da sala de imprensa. Do outro lado estava
Gobbi. No centro, Andres.
Depois de um pronunciamento em que confirmou sua
nova condição, a de técnico
da seleção, Mano respondeu
a três perguntas dos repórteres, sobre sua trajetória no
futebol, seus planos para a
seleção e, por fim, se se importava de não ter sido a primeira opção de Teixeira.
Na segunda questão, foi
interrompido por Roberto
Carlos, Ronaldo, Júlio César,
Elias, Dentinho, Alessandro
e Iarley, que entraram no local para abraçar o treinador.
Depois de ouvir agradecimentos de Gobbi e Andres,
Mano foi abraçado e beijado
pelo presidente corintiano,
que, emocionado, chorou
durante toda a entrevista coletiva de Mano Menezes.
"Ele foi uma pessoa que
cumpriu com tudo que se
comprometeu comigo. Só falhou em uma coisa, e não foi
na Libertadores: não vai ficar
até o final do meu mandato.
Mas só tenho a agradecer."
"Em 2015, você vai ser demitido da seleção brasileira e
vai ser o treinador do Corinthians. As portas estão abertas", falou o dirigente a Mano. E também ironizou a fracassada ida de Muricy à equipe nacional, impedida pela
direção do Fluminense.
"Ganha o jogo amanhã,
senão não te libero", declarou Sanchez, referindo-se à
despedida de Mano do Corinthians, no duelo contra o
Guarani, hoje, no Pacaembu.
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