São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010

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Bem colocado

Alternativa tapa-buraco para o cargo, Mano mostra-se satisfeito por, 'entre 30, 40, 50 excelentes profissionais', ficar na segunda posição

DE SÃO PAULO

Eram por volta de 11h25 quando Mano Menezes afirmou, para cerca de cem jornalistas que lotaram a sala de imprensa do Parque São Jorge, que aceitava ser o novo técnico da seleção brasileira.
Opção tapa-buraco do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que na sexta-feira teve que lidar com a recusa de Muricy Ramalho para assumir o cargo, o treinador corintiano disse não se importar com esse status.
"Nós devemos ter, no futebol brasileiro, 30, 40, 50 excelentes profissionais. Se eu sou o segundo, estou bem colocado. E fui o segundo para o Muricy, que admiro muito como pessoa", declarou Mano, que deverá ser apresentado oficialmente pela CBF amanhã à tarde, no Rio.
Antes de confirmar sua ida para o time nacional e, consequentemente, sua saída do Corinthians após dois anos e sete meses, Mano comandou um treino coletivo no campo do Parque São Jorge.
Viram a atividade cerca de cem torcedores, além do presidente corintiano Andres Sanchez, do diretor de futebol Mario Gobbi e de Rivellino, ídolo do clube alvinegro.
Minutos antes de Mano chegar à sala de imprensa, o capitão corintiano, William, já parabenizava o chefe em sua página no Twitter.
"Bom dia! Muita sorte nesse novo desafio, Mano. Estaremos todos torcendo pelo seu êxito. Obrigado por tudo!", escreveu o zagueiro.
Mano sentou-se em um dos cantos da sala de imprensa. Do outro lado estava Gobbi. No centro, Andres.
Depois de um pronunciamento em que confirmou sua nova condição, a de técnico da seleção, Mano respondeu a três perguntas dos repórteres, sobre sua trajetória no futebol, seus planos para a seleção e, por fim, se se importava de não ter sido a primeira opção de Teixeira.
Na segunda questão, foi interrompido por Roberto Carlos, Ronaldo, Júlio César, Elias, Dentinho, Alessandro e Iarley, que entraram no local para abraçar o treinador.
Depois de ouvir agradecimentos de Gobbi e Andres, Mano foi abraçado e beijado pelo presidente corintiano, que, emocionado, chorou durante toda a entrevista coletiva de Mano Menezes.
"Ele foi uma pessoa que cumpriu com tudo que se comprometeu comigo. Só falhou em uma coisa, e não foi na Libertadores: não vai ficar até o final do meu mandato. Mas só tenho a agradecer."
"Em 2015, você vai ser demitido da seleção brasileira e vai ser o treinador do Corinthians. As portas estão abertas", falou o dirigente a Mano. E também ironizou a fracassada ida de Muricy à equipe nacional, impedida pela direção do Fluminense.
"Ganha o jogo amanhã, senão não te libero", declarou Sanchez, referindo-se à despedida de Mano do Corinthians, no duelo contra o Guarani, hoje, no Pacaembu.


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