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TÊNIS
Seis tenistas perseguem título de melhor do ano em Nova York, fato inédito desde a criação da Corrida dos Campeões
Aberto dos EUA coroa disputa pelo topo
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Último Grand Slam da temporada, o Aberto dos EUA começa
hoje em Nova York sob intensa
disputa na chave masculina.
Seis tenistas (o americano Andy
Roddick, o suíço Roger Federer, o
espanhol Juan Carlos Ferrero, o
argentino Guillermo Coria, o
americano Andre Agassi e o alemão Rainer Schuttler) podem
deixar Flushing Meadows na liderança da Corrida dos Campeões.
Desde o advento do levantamento que mede o desempenho
dos jogadores na temporada, em
2000, a competição nunca esteve
tão acirrada nesta época do ano.
"Fazer previsões no Aberto dos
EUA é muito arriscado. Nunca
gostei disso. Só estou convencido
de que chego na plenitude da minha forma e concentrado para lutar pelo título", comentou Agassi,
atual vice-campeão do torneio
-perdeu a decisão de 2002 para o
compatriota Pete Sampras.
A diferença entre o líder, Roddick, e Federer é de oito pontos.
No ano passado, o hiato entre o
australiano Lleyton Hewitt e o
russo Marat Safin era de 177.
Hewitt, que foi às semifinais, só
precisaria chegar às oitavas para
garantir a manutenção do posto.
Agora, para permanecer como
número um da Corrida sem depender de resultados de terceiros,
Roddick tem que vencer pela primeira vez um Grand Slam.
Se repetir as quartas-de-final
dos dois últimos anos, o norte-americano pode cair até para a
quinta posição.
Outro fato que mostra a competitividade da Corrida em 2003 é a
alternância no topo da lista.
Até agora, cinco tenistas ostentaram o título de "líder da Corrida" nesta temporada.
Isoladamente, o número não é
tão representativo -em 2002 e
2001, quatro tenistas haviam estado no topo nesta mesma época, e,
no ano de estréia, 2000, sete.
O que chama a atenção é o revezamento constante. Nas três últimas semanas, a lista foi encabeçada por três nomes diferentes (Ferrero, Federer e Roddick).
Nos outros anos, a mudança do
líder era muito mais rara após a
disputa de Wimbledon, quando
três dos quatro Grand Slams e
cinco dos nove Masters Series,
torneios que entram obrigatoriamente na contagem da Corrida, já
haviam distribuído seus pontos.
Por isso é muito mais fácil liderar a lista no início da temporada,
como já fizeram jogadores obscuros como o francês Fabrice Santoro e o austríaco Stefen Koubek.
"Meu objetivo é ser número um
do mundo e não posso deixar escapar essa chance. Quero ganhar
o Aberto dos EUA para conseguir
isso já. Estou sacando bem, o que
é essencial no piso rápido", avisou
Ferrero, atual terceiro colocado
na Corrida.
A apertada disputa na lista que
leva em conta apenas os resultados da temporada pode ter efeitos
no Masters, competição que fecha
o calendário oficial da ATP. As
próximas duas edições serão disputadas em Houston.
O torneio reúne os oito mais
bem colocados da Corrida ou os
sete mais um campeão de Grand
Slam que não se encontre nessa
condição, mas seja top 20.
Nas três primeiras edições, o
vencedor da Corrida só foi definido no Masters, fato muito comemorado pelos dirigentes. Mas a
disputa ficou sempre resumida a
dois jogadores: Guga e Safin
(2000), Guga e Hewitt (2001) e
Hewitt e Agassi (2002).
Um dos protagonistas das duas
primeiras Corridas, Guga ficou
fora do Masters da temporada
passada e para retornar à elite vai
precisar de um sprint final.
Ele ocupava até ontem a 15ª posição, com 235 pontos, distante 33
do argentino David Nalbandian,
atualmente o dono da última vaga
para o torneio.
Já no feminino, as belgas Kim
Clijsters e Justine Henin-Hardenne, primeira e segunda cabeças-de-chave, são as jogadoras a serem batidas em Nova York.
Elas já fizeram a decisão de Roland Garros e com a ausência de
Serena Williams, contundida, são
as favoritas para conquistar o título do Grand Slam americano.
Colaborou Paulo Cobos, da Reportagem Local
NA TV - Aberto dos EUA,
Sportv, a partir das 13h
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