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São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 2003

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TÊNIS

Seis tenistas perseguem título de melhor do ano em Nova York, fato inédito desde a criação da Corrida dos Campeões

Aberto dos EUA coroa disputa pelo topo

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

Último Grand Slam da temporada, o Aberto dos EUA começa hoje em Nova York sob intensa disputa na chave masculina.
Seis tenistas (o americano Andy Roddick, o suíço Roger Federer, o espanhol Juan Carlos Ferrero, o argentino Guillermo Coria, o americano Andre Agassi e o alemão Rainer Schuttler) podem deixar Flushing Meadows na liderança da Corrida dos Campeões.
Desde o advento do levantamento que mede o desempenho dos jogadores na temporada, em 2000, a competição nunca esteve tão acirrada nesta época do ano.
"Fazer previsões no Aberto dos EUA é muito arriscado. Nunca gostei disso. Só estou convencido de que chego na plenitude da minha forma e concentrado para lutar pelo título", comentou Agassi, atual vice-campeão do torneio -perdeu a decisão de 2002 para o compatriota Pete Sampras.
A diferença entre o líder, Roddick, e Federer é de oito pontos. No ano passado, o hiato entre o australiano Lleyton Hewitt e o russo Marat Safin era de 177.
Hewitt, que foi às semifinais, só precisaria chegar às oitavas para garantir a manutenção do posto.
Agora, para permanecer como número um da Corrida sem depender de resultados de terceiros, Roddick tem que vencer pela primeira vez um Grand Slam.
Se repetir as quartas-de-final dos dois últimos anos, o norte-americano pode cair até para a quinta posição.
Outro fato que mostra a competitividade da Corrida em 2003 é a alternância no topo da lista.
Até agora, cinco tenistas ostentaram o título de "líder da Corrida" nesta temporada.
Isoladamente, o número não é tão representativo -em 2002 e 2001, quatro tenistas haviam estado no topo nesta mesma época, e, no ano de estréia, 2000, sete.
O que chama a atenção é o revezamento constante. Nas três últimas semanas, a lista foi encabeçada por três nomes diferentes (Ferrero, Federer e Roddick).
Nos outros anos, a mudança do líder era muito mais rara após a disputa de Wimbledon, quando três dos quatro Grand Slams e cinco dos nove Masters Series, torneios que entram obrigatoriamente na contagem da Corrida, já haviam distribuído seus pontos.
Por isso é muito mais fácil liderar a lista no início da temporada, como já fizeram jogadores obscuros como o francês Fabrice Santoro e o austríaco Stefen Koubek.
"Meu objetivo é ser número um do mundo e não posso deixar escapar essa chance. Quero ganhar o Aberto dos EUA para conseguir isso já. Estou sacando bem, o que é essencial no piso rápido", avisou Ferrero, atual terceiro colocado na Corrida.
A apertada disputa na lista que leva em conta apenas os resultados da temporada pode ter efeitos no Masters, competição que fecha o calendário oficial da ATP. As próximas duas edições serão disputadas em Houston.
O torneio reúne os oito mais bem colocados da Corrida ou os sete mais um campeão de Grand Slam que não se encontre nessa condição, mas seja top 20.
Nas três primeiras edições, o vencedor da Corrida só foi definido no Masters, fato muito comemorado pelos dirigentes. Mas a disputa ficou sempre resumida a dois jogadores: Guga e Safin (2000), Guga e Hewitt (2001) e Hewitt e Agassi (2002).
Um dos protagonistas das duas primeiras Corridas, Guga ficou fora do Masters da temporada passada e para retornar à elite vai precisar de um sprint final.
Ele ocupava até ontem a 15ª posição, com 235 pontos, distante 33 do argentino David Nalbandian, atualmente o dono da última vaga para o torneio.
Já no feminino, as belgas Kim Clijsters e Justine Henin-Hardenne, primeira e segunda cabeças-de-chave, são as jogadoras a serem batidas em Nova York.
Elas já fizeram a decisão de Roland Garros e com a ausência de Serena Williams, contundida, são as favoritas para conquistar o título do Grand Slam americano.


Colaborou Paulo Cobos, da Reportagem Local

NA TV - Aberto dos EUA, Sportv, a partir das 13h


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