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Sul-Americana sente expansão
Segundo principal interclubes do continente, que começa hoje para os brasileiros, abre espaço para times de pouca tradição internacional e alcança não só os grandes centros
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Copa Sul-Americana, o segundo principal torneio interclubes do continente, assume ainda
mais nesta temporada ser a versão meridional da Copa da Uefa.
A disputa, que começa neste
meio de semana para os times
brasileiros, está mais descentralizada, com vários clubes de pouca
tradição internacional e com muitas partidas fora dos grandes centros comerciais, mais acostumados a receber jogos importantes.
Na Europa, a Copa da Uefa é
uma espécie de "consolo" para os
clubes que não ganham vaga na
Copa dos Campeões. Na América
do Sul, as principais potências do
continente se acostumaram ao
longo dos anos a atuar tanto na
Libertadores quanto no segundo
torneio mais forte -Supercopa e
Copa Mercosul foram exemplos
de torneios sul-americanos restritos aos clubes mais poderosos.
"O que engrandece mesmo um
time é uma competição internacional. Temos o exemplo do Once
Caldas [time de Manizales que
venceu a Libertadores deste ano],
que agora vai se solidificar como
clube", disse J. Hawilla, principal
executivo da Traffic, agência que
possui os direitos da competição.
Pelo Brasil, Goiás, Paraná e Figueirense serão "batizados" internacionalmente na Sul-Americana. Estão na fase eliminatória nacional, que conta com 12 clubes.
Na Argentina, o Banfield, clube
com 108 anos, joga agora pela primeira vez uma disputa oficial internacional. Em outros países, a
renovação também é tendência.
O atual campeão da Sul-Americana é o Cienciano, time peruano
de Cuzco. Venceu ontem em sua
estréia o Carabobo, clube venezuelano pouco famoso (manda
jogos em Valencia). Outro peruano na disputa é o não menos desconhecido Coronel Bolognesi.
A Copa Sul-Americana está em
sua terceira edição, a segunda
com a presença de clubes brasileiros. O projeto, porém, é transformá-la em disputa pan-americana.
"Podemos ter nas próximas edições dois times dos EUA, um do
Caribe e outros da Concacaf. Os
torneios demoram de três a cinco
anos para pegar. A Mercosul foi
sucesso logo no segundo ano, mas
isso não é comum", disse Hawilla.
Um fator que explica tantos
"clubes novos" na Sul-Americana
é a obediência a critérios técnicos
em torneios nacionais. Goiás, Paraná e Figueirense só estão na disputa porque ficaram em boa posição no Brasileiro-2003. Clubes de
peso, como Corinthians e Vasco,
foram mal e não se classificaram.
Mas ainda há vagas por convite
na Sul-Americana -São Paulo,
Cruzeiro, Grêmio e Flamengo jogam por serem os mais bem colocados no ranking da Conmebol.
NA TV - Paraná x Santos
(menos para BH) e Goiás x
Atlético-MG (só BH), Globo, às 21h40
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