DA REPORTAGEM LOCAL

Depois do vice-campeonato na Olimpíada de Sydney-00 e do bronze no Mundial-03, Carlos Honorato chegou aos Jogos de Atenas-04 apontado como favorito ao ouro até pela Federação Internacional de Judô. Mas decepcionou e nem sequer chegou a disputar medalhas.
Após o retorno ao Brasil, integrantes da delegação olímpica reservadamente comentaram que o judoca teve dificuldade para se manter dentro do limite de 90 kg da categoria dos médios. A Folha apurou que ele precisou se desidratar para conseguir competir.
Não foi a primeira vez que o judoca -que apresenta um "padrão guloso", segundo avaliação do diretor técnico da seleção brasileira- sofreu em sua luta contra a balança.
Nos anos seguintes à medalha de 2000, Honorato foi obrigado a lutar em classe de peso acima da sua, entre os meio-pesados (cujo limite é 100 kg).
Ontem, ele contou o porquê. "Em 2001, eu comia churrasco todo dia. E nem me preocupava em tirar a gordura da picanha. Quanto mais gordura, era melhor para mim", afirmou Honorato, emendando que tomava "tranqüilamente" até quatro litros de Coca-Cola.
"A primeira garrafinha, de 600 ml, já logo depois de um treino de corrida", confessou, mostrando-se resignado a respeito de ter sido cortado da equipe que disputará o Mundial no Egito. (LF)


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