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Nadal, enfim, estréia como nº 1
Após passar 160 semanas atrás de Federer, espanhol testa status inédito hoje no Aberto dos EUA
Tenista joga pela primeira vez como líder do ranking em seu pior Grand Slam, onde nunca foi além das quartas em 5 participações
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Para chegar à vice-liderança
do ranking, em 25 de julho de
2005, o espanhol Rafael Nadal
precisou conquistar nove títulos, sendo um de Grand Slam e
dois de Masters Series.
O topo estava bem próximo,
mas a expectativa do espanhol
foi longa, e o trabalho, árduo.
Após uma espera recorde de
160 semanas, outros 22 títulos,
entre eles quatro de Grand
Slam e dez de Masters Series, e
marcas históricas (como série
de 81 vitórias seguidas no saibro), Rafael Nadal Parera foi
nomeado na semana passada o
24º tenista a alcançar o posto
de número um do ranking.
Ele já tinha acumulado pontos suficientes para desbancar
o suíço Roger Federer com a semifinal em Cincinnati, no início do mês, mas, por causa do
calendário alterado para encaixar a Olimpíada, só pôde ver
seu nome no topo da lista na última segunda, já com o ouro obtido em Pequim no peito.
E só hoje, por volta das 15h,
contra o alemão Bjorn Phau, na
estréia do Aberto dos EUA, Nadal joga na condição oficial de
número um. "A pressão é a
mesma, quando seu objetivo é
sempre ganhar. Estou muito feliz por ser o número 1. É uma
grande satisfação depois de ficar tanto tempo como número
2, mas não muda muita coisa",
afirmou Nadal, 22, que em Nova York apresenta seus piores
resultados em Grand Slam.
O espanhol nunca passou das
quartas-de-final no evento,
apesar de ser o Grand Slam que
mais disputou (cinco). Além
dos títulos em Roland Garros
(quatro) e Wimbledon, ele já foi
semifinalista na Austrália.
O retrospecto ruim, porém,
parece não abalar Nadal. "Antes, eu jogava bem em superfície rápida, mas não conseguia
títulos. Neste ano, venci Toronto e a Olimpíada e fui às semifinais em Cincinnati", afirmou.
Outro que encara mudanças
em Nova York é o tetracampeão Roger Federer, que não figura como primeiro cabeça-de-chave de um torneio que participa pela primeira vez desde o
Aberto da Austrália de 2004.
A temporada com duas finais
de Grand Slam e o ouro olímpico nas duplas seria memorável
para a maioria dos tenistas.
Mas, para ele, 2008 é, até hoje,
um ano para ser esquecido.
Em janeiro, após sofrer com
um vírus estomacal, caiu na semifinal na Austrália e ficou fora
de uma decisão de Grand Slam
pela primeira vez desde 2005.
Após conquistar apenas um
título na temporada (Estoril), o
suíço voltou a decidir um
Grand Slam, em Roland Garros. E foi arrasado por Nadal,
com direito até a "pneu" (6/0).
Em Wimbledon, viu o espanhol encerrar sua série recorde
de 65 triunfos seguidos na grama e impedir que igualasse a
marca de seis títulos consecutivos no tradicional torneio.
Com tantos tropeços e a ascensão de Nadal, foi destronado após 237 semanas no topo.
"Rafa agora vai sentir o que eu
senti por muito tempo. Será interessante ver como ele vai lidar [com a pressão]. Mas até
agora ele está jogado bem em
todas as superfícies."
NA TV - Aberto dos EUA
Sportv 2, ao vivo, às 12h
Com agências internacionais
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