DOS ENVIADOS A PEQUIM

Uma reunião a portas fechadas no Vietnã definiu o caminho da seleção feminina rumo ao ouro inédito em Pequim.
Na segunda etapa do Grand Prix, no fim de junho, as atletas perceberam que tinham de conversar para aparar as arestas e fechar o grupo. Não houve brigas nem discussões, apenas uma conversa franca, que marcou a trajetória da equipe.
Anteontem, as brasileiras venceram os EUA e, pela primeira vez, subiram ao topo do pódio nos Jogos Olímpicos.
"Foi lá que traçamos todo nosso caminho. Conversamos sobre o que tinha de ser feito para chegar à Olimpíada com chance de ouro, acertamos as diferenças. Desde que nos apresentamos na fase final, nossa cabeça já estava na Olimpíada", disse a levantadora e capitã Fofão, que assistiu à final masculina ontem ao lado de boa parte do time campeão.
As jogadoras, que foram a uma churrascaria à noite, ainda não haviam dormido desde a conquista. A final masculina começou às 12h de Pequim.
A mudança na postura das atletas após a etapa do Vietnã foi notada pela comissão técnica. Na etapa seguinte do GP, coincidentemente no país da Olimpíada, em Macau, as jogadoras estavam diferentes.
"Senti que estavam mais tranqüilas pela maneira como entraram na quadra. No início da temporada, eu sentia que o espírito olímpico ainda não estava com todas elas. Acredito que o fato de elas estarem na China foi importante, viver aquela energia", afirmou o preparador físico Zé Elias.
O espírito foi mantido até o fim da competição. (FSX E ML)


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