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show de calouros
"Caçulas" desafiam o sobe e desce
Na contramão da era dos pontos corridos, times que subiram da Série B no ano passado fazem bom papel na 1ª divisão
Dos 16 times que subiram para a elite sob as atuais regras até a temporada anterior, seis caíram de novo logo na sequência
Ricardo Nogueira - 2.ago.2009/Folha Imagem
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Avaí segura o empate contra o Corinthians, um dos 11 jogos da fase invicta do time
PAULO COBOS
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL
Subir é difícil. Permanecer
no topo é muito mais.
Até o ano passado, essa era a
máxima dos clubes promovidos à primeira divisão do Brasileiro. Bem diferente do que
acontece com a turma de 2009.
Vindos da Série B, Avaí, Barueri, Corinthians e Santo André não repetem as histórias de
fracassos nos pontos corridos
de quem veio da Série B.
Desde 2003, quando começou a era dos pontos corridos,
até o ano passado, dos 16 times
promovidos à elite seis caíram
já no primeiro ano nela.
Só em 2004 o Brasileiro terminou sem um recém-promovido rebaixado, mas, naquela
ocasião, o Botafogo só escapou
da degola na última rodada.
Agora, o Santo André é o único no "grupo de risco", mas o
clube do ABC ainda é o 15º e foi
figura frequente no top 10.
Já o Avaí, que não disputava a
primeira divisão desde 1979, é a
maior surpresa do Nacional.
Invicto há 11 jogos, o time, que
chegou a ser o lanterna, é agora
o quarto colocado na zona de
classificação à Libertadores.
Campeão da Copa do Brasil e
do Paulista, o Corinthians não
chega a ser uma surpresa, mas o
Barueri, a apenas dois pontos
da quarta colocação, a última
que dá lugar no torneio sul-americano, é outra novidade.
Para derrubarem o histórico
de bate e volta dos pontos corridos, a turma de 2009 não segue
uma fórmula padrão.
O Avaí foi quem melhor seguiu a receita comum no manual para se dar bem no futebol. O clube lançou em 2004
um planejamento que visava
colocar o time na elite e ganhar
músculos financeiros por meio
de um grande número de sócios
-tem hoje mais de 10 mil.
Manteve a base do time que
subiu no ano passado e não demitiu o técnico Silas nem quando o time estava na zona do rebaixamento. "Entendemos que
somos um time pequeno e, por
isso, nossa primeira meta é permanecer na Série A. Mas não
estamos surpresos com nosso
desempenho até agora, porque
temos um bom grupo e um técnico que está entre os melhores
do país", comemora Moisés
Candido, o coordenador técnico do clube catarinense.
Receitas mais heterodoxas
trilharam os novatos paulistas
Barueri e Santo André.
O primeiro passa por forte
crise institucional e financeira
depois que a diretoria do time
rompeu com o prefeito da cidade.O Tribunal de Contas do Estado ordenou que o clube devolvesse aos cofres do município R$ 1,3 milhão em repasses
considerados indevidos.
"Estamos passando por uma
situação financeira muito difícil. Houve atraso de direito de
imagem dos jogadores, e vimos
que isso repercutiu em campo.
Agora já foi sanado, mas fica difícil trabalha assim", admite
Walter Sanches, presidente do
conselho deliberativo do clube.
Sob o controle de empresários do Grande ABC, o Santo
André tem um elenco cheio de
veteranos. E está longe de fazer
um trabalho de longo prazo. O
técnico Sérgio Guedes deixou o
comando do clube durante o
Brasileiro acusando a diretoria
de interferir em seu trabalho.
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