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São Paulo reclama de árbitro, que quase é agredido
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA AGÊNCIA FOLHA,
EM PRESIDENTE PRUDENTE
Os jogadores e o técnico do
São Paulo atribuíram principalmente à arbitragem a derrota de ontem para o Palmeiras
no interior paulista, mas foi depois do jogo que o conflito com
Cléber Wellington Abade esquentou e o juiz quase acabou
alvo de uma agressão.
Na entrada do vestiário, o
preparador de goleiros do São
Paulo, Haroldo Lamounier,
discutiu de forma áspera com o
árbitro. Abade o chamou para
briga. "Se for só nós dois, pode
vir agora", afirmou.
O preparador quis partir para
a briga, mas foi contido por outros integrantes da comissão
técnica do clube do Morumbi.
Antes disso, os jogadores do
São Paulo já haviam reclamado
muito da atuação da arbitragem no clássico.
O lateral Souza, autor do gol
do São Paulo, que abriu o marcador, reclamou de dois pênaltis que, segundo ele, não foram
assinalados. "Jogando contra o
Palmeiras já fica difícil, pela rivalidade e pela situação do adversário", afirmou o jogador.
Souza ainda falou da dificuldade em jogar boa parte do segundo tempo com um jogador a
menos -o zagueiro Alex Silva
foi expulso. "É difícil enfrentar
o Palmeiras com um a menos."
O outro lateral, Júnior, foi
mais comedido nas críticas.
"Cabe à diretoria essa questão
da arbitragem, mas é complicado jogar com um a menos e ainda enfrentar esses problemas."
O técnico Muricy Ramalho
reclamou do número de cartões amarelos aplicados por
Abade. "Ele amarelou demais.
Deu muitos cartões, mas não
adianta reclamar. É o critério
dele, avisei os jogadores sobre
isso", disse o treinador.
"Não vi maldade dos dois times. Todos sabiam que o jogo
era de contato, mas é o critério
dele", completou Muricy.
Ao final da partida, o treinador havia se dirigido ao árbitro
para reclamar sobre o excesso
de cartões amarelos.
Para ele, o que definiu o placar foi a perda de Alex Silva. "O
que determinou mesmo a derrota foi a expulsão do nosso jogador, porque ocorreu no momento que fiz as mudanças."
Muricy se queixou ainda do
cartão amarelo ao goleiro e capitão Rogério, que por causa
disso está suspenso e não enfrentará o Atlético-PR no próximo sábado, em Curitiba. "Ele
[o árbitro] exagerou nisso também. Não entendi", afirmou.
Assim, o reserva Bosco deve
assumir a meta são-paulina.
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