São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 2006

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CIDA SANTOS

Novidade na quadra


Pela 1ª vez, uma seleção brasileira, a infanto-juvenil, vai jogar com 4 atacantes e 2 levantadoras, como faz Cuba


A NOVA geração do vôlei feminino brasileiro vai inovar no Sul-Americano infanto-juvenil, que começa no dia 3, no Peru. Pela primeira vez, uma seleção do país vai jogar com quatro atacantes e duas levantadoras, como faz Cuba. O Brasil sempre atuou com uma levantadora e cinco atacantes.
A outra novidade é que o time não tem líbero. O autor dessas mudanças é Antônio Rizola, técnico com dois títulos mundiais nas categorias de base no currículo. A meta é formar atletas para o futuro e resolver dois problemas do vôlei nacional: a falta de boas levantadoras altas e de ponteiras passadoras.
Do grupo de 12 atletas, quatro são levantadoras. Além do treino específico de levantamento, participam do trabalho de recepção e ataque do resto do time. Só para lembrar: quando o time tem duas levantadoras entre as seis titulares, a que fica na rede exerce o papel de atacante.
Um time, normalmente, prepara duas levantadoras. Essa seleção trabalha e dá experiência a quatro. Entre elas, só uma, Patrícia Lira, tem menos de 1,80 m. Detalhe: essa seleção infanto-juvenil é a mais alta já formada na categoria no país, média de 1,83 m e limite de 16 anos.
Já a opção por não ter líbero, jogadora especializada no fundo de quadra, é para formar ponteiras com boa recepção e centrais que também passem e defendam mais. A seleção tem três centrais e cinco atacantes.
Não há uma oposto clássica, atacante que não participa da recepção. Outra curiosidade é que o time foi formado a partir de observações em atletas de todas as regiões do país.
Foram feitas peneiras: de 320 jogadoras entre 14 e 16 anos, foram selecionadas 92. Dessas, Rizola convocou 19 e depois formou o grupo de 12 que vai ao Sul-americano.
Rizola foi campeão mundial juvenil, em 2001, com Paula Pequeno, Sassá, Jaqueline e Sheila, todas hoje na seleção adulta. Agora é a vez de formar outra geração. É esse trabalho que garante o futuro do Brasil.

CRISE ITALIANA
Na seleção feminina italiana, a crise foi resolvida. Depois do movimento das atletas exigindo a saída de Marco Bonitta, ele pediu demissão e foi substituído por Massimo Barbolini, técnico do Perugia. A tendência é que a Itália, agora em paz, cresça até o Mundial, no qual vai lutar pelo bicampeonato.
No masculino, a crise continua. Gianpaolo Montali foi confirmado como técnico até 2008. A novidade é que agora ele terá um auxiliar extra: Mauro Berruto, ex-treinador da Finlândia. A lista dos convocados para o Mundial deve sair hoje.
O problema é que os jogadores não estão satisfeitos com Montali, que também é dirigente de futebol da Juventus. Na última semana foi divulgado um comunicado, assinado pela seleção de vôlei, criticando o trabalho do técnico e a decisão da federação italiana de mantê-lo no cargo. Mais crise à vista.

BOLA EM JOGO
O Torneio Internacional de Vôlei começa nesta sexta-feira, em São Paulo. Do Brasil, são três times: Osasco, Rio de Janeiro e Macaé. Do exterior, mais três equipes: Schweriner (campeão alemão), Hisamitsu Springs (vice-campeão japonês) e River Plate (campeão argentino).

SEM ESTRELAS
As jogadoras da seleção, que treinam para o Mundial, vão desfalcar seus times. O Rio não terá Fabiana, Renatinha, Sassá e a líbero Fabi. O Osasco jogará sem Paula Pequeno, Carol Gattaz e Valeskinha.

SELEÇÃO DE NOVOS
Os 19 convocados por Bernardinho para a seleção de novos começam a treinar hoje, em Saquarema (RJ). A novidade é Roberto Minuzzi, recuperado de cirurgia para tirar um aneurisma da artéria aorta.

cidasan@uol.com.br


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