DE SÃO PAULO

O zagueiro brasileiro Breno, 21, do Bayern de Munique, foi detido ontem em Munique por suspeita de ter provocado intencionalmente um incêndio que destruiu sua casa na última terça-feira.
A polícia alemã pediu a prisão do jogador por considerar que existia risco de fuga ou de obstrução da Justiça.
O promotor do caso, Thomas Steinkraus-Koch, afirmou que existe uma "suspeita precisa" de que o incêndio tenha sido voluntário.
Na madrugada de terça-feira, Breno, ex-jogador do São Paulo, estava sozinho na sua casa em Munique no momento em que ocorreu o incêndio. Sua mulher, seus filhos e duas crianças estavam fora.
O zagueiro escapou do incêndio sem grandes danos físicos e teve somente uma intoxicação leve. Os prejuízos estimados com a destruição da casa superam euro&; 1 milhão (cerca de R$ 2,5 milhões).
O jornal alemão "Sueddeutsche Zeitung" afirmou que Breno entregou aos paramédicos que o socorreram três isqueiros. O diário publicou que a residência em que morava era alugada, o que afasta a hipótese de que o incêndio tenha relação com um suposto seguro da casa.
Segundo Diogo Kotscho, assessor de imprensa do DIS, fundo de investimentos esportivos do Grupo Sonda responsável por agenciar a carreira de Breno, uma das linhas de investigação da polícia é a de que Breno sofra de transtornos psicológicos.
Não está descartada a hipótese de tentativa de suicídio. O Bayern confirmou ontem que havia aconselhado o jogador a passar por um tratamento psicológico.
Antes de ser detido, o zagueiro foi submetido a exames psicológicos no instituto de psiquiatria Max-Planck, em Munique, e não foi constado resultado anormal.
O presidente do Bayern, o ex-atacante alemão Karl-Heinz Rummenigge, anunciou publicamente seu apoio ao brasileiro. "Vamos apoiar Breno presumindo sua inocência", afirmou o dirigente.

Com as agências de notícias


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