DA REPORTAGEM LOCAL

Burro disse adeus ontem ao glamouroso mundo da F-1 e a seu "World Tour", mas foi uma despedida em grande estilo.
Roubado de um refeitório da fábrica da Jaguar, desde agosto o boneco inflável viaja com os mecânicos da equipe para os GPs. Mas como a escuderia inglesa fecha as portas depois do GP Brasil, Burro viu seus dias nos paddocks da F-1 contados.
Ontem, resolveu aproveitar. Viveu um dia de pop star. Pela manhã, visitou os boxes. No colo dos mecânicos, queria tirar fotos com os pilotos. Entrou na festa de despedida de David Coulthard. Depois, aproveitou que a BAR tirava fotos para invadir o local. Sentou no colo de Jenson Button e no cockpit.
Mas passou por um momento de tensão. Um dos dirigentes da equipe não gostou da invasão e arremessou Burro para longe. Sob os olhares de censura dos que estavam presentes, abriu uma gargalhada.
Refeito do susto, Burro foi à sua próxima parada: abraçado a Bruno Senna, sobrinho do tricampeão, passeou na Lotus usada por Ayrton Senna em 86.
Entre sorrisos, aplausos e flashes, o boneco aproveitou a reunião dos pilotos para o desfile e começou a colher assinaturas. Foi bem recebido até pelo sisudo Ralf Schumacher.
Mas foi na hora da foto de encerramento do ano que Burro viveu a maior glória. Levado nos braços de Mark Webber, da Jaguar, Burro encontrou um lugar nobre para se sentar.
Como Michael Schumacher se atrasou, ele foi colocado entre Rubens Barrichello e Takuma Sato, exatamente no posto reservado para o alemão.
Na hora que o heptacampeão chegou, Burro levou um tabefe na orelha de Barrichello e foi arremessado para os braços de Webber novamente.
Após as fotos, ainda desfilou no caminhão ao lado dos pilotos e foi saudado pelo público. De tanto ser apalpado, já estava murcho. Arriou as patas. Mais tarde, sob chuva, fez sua última aparição, no grid de Interlagos.
O destino de Burro ainda é incerto. Com o corpo "tatuado" com assinaturas dos pilotos, vai para a Inglaterra, onde será leiloado. (FSX E TC)

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