São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2005

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Corinthians põe misto e tira maior lucro de replays

Líder do campeonato empata clássico com o São Paulo em 1 a 1 e faz quatro pontos nos dois jogos que repetiu

EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo chiou por não poder escalar seus titulares. O Corinthians deixou metade dos seus de fora, mas saiu do Morumbi no lucro após o replay do clássico de 7 de setembro anulado pelo STJD.
Com o 1 a 1 de ontem à noite, o time do Parque São Jorge se tornou o maior beneficiado com a anulação dos 11 jogos arbitradas por Edilson Pereira de Carvalho, pivô do escândalo de manipulação de resultados no Brasileiro.
Além da partida de ontem, o líder do Nacional repetiu o clássico contra o Santos e venceu por 3 a 2. Havia perdido os dois confrontos -4 a 2 para o time do litoral e 3 a 2 para os são-paulinos.
Depois do clássico de ontem, chegou a 67 pontos, sete a mais que o Goiás, mesmo com quatro titulares -Eduardo, Marinho, Rosinei e Tevez- poupados por conta da maratona de jogos que o time realiza. Na próxima quinta vai a Belém enfrentar o Paysandu.
Ao final do jogo, a torcida corintiana gritava "campeão" enquanto os atletas desciam para o vestiário. "Acho que eles estão gritando isso porque conseguiram empatar com a gente", provocou o meia Souza, do São Paulo, maior finalizador ao lado de Amoroso, com cinco arremates.
"Infelizmente eles estão bem próximos do título. Sete pontos é uma vantagem muito grande. Dificilmente o título escapa do Corinthians", disse o goleiro são-paulino Rogério.
"Tomara que o Rogério tenha razão. Mas, com a experiência dele, quer que a gente se desestabilize. Temos que ganhar dentro de campo", afirmou o meia Roger.
"Temos os pés no chão. São sete pontos de vantagem, mas nove jogos a disputar. Isso não é humildade, é realidade", disse o técnico corintiano Antônio Lopes.
Pelo empate, cada jogador corintiano receberá R$ 3 mil de bicho pela manutenção da liderança. Esse é o valor pago pelo clube aos atletas por cada rodada na ponta. Uma vitória ontem valeria, além dos R$ 3 mil, outros R$ 6 mil para os atletas.
O clube, no entanto, terminará o ano sem ter vencido o clube do Morumbi, que levou vantagem sobre o rival em outras duas oportunidades neste ano.
Apesar dos desfalques, os corintianos dominaram o primeiro tempo até os 25min. O time de Antônio Lopes marcava forte e se movimentava com inteligência, dificultando a marcação são-paulina. Carlos Alberto e Nilmar levavam vantagem quase sempre sobre os zagueiros rivais, mas finalizavam mal. O São Paulo (sem Lugano, Cicinho e Josué), quase sempre em contragolpes, também era perigoso. Em um deles, Amoroso teve gol anulado por impedimento, aos 16min.
Os são-paulinos não demoraram a se ajustar defensivamente. Conseguiram neutralizar as ações do adversário, que passou a ser pressionado. Fábio Costa evitou gols por duas vezes em arremates de Souza. Mas no momento em que era mais ameaçado, os corintianos chegaram ao gol.
Coelho cobrou falta pela direita na cabeça de Carlos Alberto, que, entre os zagueiros são-paulinos, tocou para fazer 1 a 0, aos 43min.
A equipe do Morumbi quase chegou ao empate em chutes de Júnior e Denílson, defendidos por Fábio Costa. O São Paulo não demorou a empatar na etapa final, graças a um pênalti em Mineiro cometido por Fabrício. O corintiano, que já havia cometido pênalti contra o Palmeiras, empurrou o são-paulino quando ele buscava a bola na lateral do campo. Amoroso cobrou no canto esquerdo de Fábio Costa, aos 6min.
Na comemoração, o atacante cruzou os braços, gesto que simboliza a torcida Tricolor Independente, do São Paulo.
Após o gol, a equipe do Morumbi passou a criar e desperdiçar chances. O Corinthians apenas se defendia e arriscava contra-ataques. Mesmo com a pressão, o Corinthians conseguiu segurar o rival. Principalmente graças a Fábio Costa, que evitou pelo menos três gols dos rivais.


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