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Corinthians põe misto e tira maior lucro de replays
Líder do campeonato empata clássico com o São Paulo
em 1 a 1 e faz quatro pontos nos dois jogos que repetiu
EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo chiou por não poder escalar seus titulares. O Corinthians deixou metade dos seus de
fora, mas saiu do Morumbi no lucro após o replay do clássico de 7
de setembro anulado pelo STJD.
Com o 1 a 1 de ontem à noite, o
time do Parque São Jorge se tornou o maior beneficiado com a
anulação dos 11 jogos arbitradas
por Edilson Pereira de Carvalho,
pivô do escândalo de manipulação de resultados no Brasileiro.
Além da partida de ontem, o líder do Nacional repetiu o clássico
contra o Santos e venceu por 3 a 2.
Havia perdido os dois confrontos
-4 a 2 para o time do litoral e 3 a
2 para os são-paulinos.
Depois do clássico de ontem,
chegou a 67 pontos, sete a mais
que o Goiás, mesmo com quatro
titulares -Eduardo, Marinho,
Rosinei e Tevez- poupados por
conta da maratona de jogos que o
time realiza. Na próxima quinta
vai a Belém enfrentar o Paysandu.
Ao final do jogo, a torcida corintiana gritava "campeão" enquanto os atletas desciam para o vestiário. "Acho que eles estão gritando
isso porque conseguiram empatar com a gente", provocou o
meia Souza, do São Paulo, maior
finalizador ao lado de Amoroso,
com cinco arremates.
"Infelizmente eles estão bem
próximos do título. Sete pontos é
uma vantagem muito grande. Dificilmente o título escapa do Corinthians", disse o goleiro são-paulino Rogério.
"Tomara que o Rogério tenha
razão. Mas, com a experiência dele, quer que a gente se desestabilize. Temos que ganhar dentro de
campo", afirmou o meia Roger.
"Temos os pés no chão. São sete
pontos de vantagem, mas nove jogos a disputar. Isso não é humildade, é realidade", disse o técnico
corintiano Antônio Lopes.
Pelo empate, cada jogador corintiano receberá R$ 3 mil de bicho pela manutenção da liderança. Esse é o valor pago pelo clube
aos atletas por cada rodada na
ponta. Uma vitória ontem valeria,
além dos R$ 3 mil, outros R$ 6 mil
para os atletas.
O clube, no entanto, terminará
o ano sem ter vencido o clube do
Morumbi, que levou vantagem
sobre o rival em outras duas oportunidades neste ano.
Apesar dos desfalques, os corintianos dominaram o primeiro
tempo até os 25min. O time de
Antônio Lopes marcava forte e se
movimentava com inteligência,
dificultando a marcação são-paulina. Carlos Alberto e Nilmar levavam vantagem quase sempre sobre os zagueiros rivais, mas finalizavam mal. O São Paulo (sem Lugano, Cicinho e Josué), quase
sempre em contragolpes, também era perigoso. Em um deles,
Amoroso teve gol anulado por
impedimento, aos 16min.
Os são-paulinos não demoraram a se ajustar defensivamente.
Conseguiram neutralizar as ações
do adversário, que passou a ser
pressionado. Fábio Costa evitou
gols por duas vezes em arremates
de Souza. Mas no momento em
que era mais ameaçado, os corintianos chegaram ao gol.
Coelho cobrou falta pela direita
na cabeça de Carlos Alberto, que,
entre os zagueiros são-paulinos,
tocou para fazer 1 a 0, aos 43min.
A equipe do Morumbi quase
chegou ao empate em chutes de
Júnior e Denílson, defendidos por
Fábio Costa. O São Paulo não demorou a empatar na etapa final,
graças a um pênalti em Mineiro
cometido por Fabrício. O corintiano, que já havia cometido pênalti contra o Palmeiras, empurrou o são-paulino quando ele
buscava a bola na lateral do campo. Amoroso cobrou no canto esquerdo de Fábio Costa, aos 6min.
Na comemoração, o atacante
cruzou os braços, gesto que simboliza a torcida Tricolor Independente, do São Paulo.
Após o gol, a equipe do Morumbi passou a criar e desperdiçar
chances. O Corinthians apenas se
defendia e arriscava contra-ataques. Mesmo com a pressão, o
Corinthians conseguiu segurar o
rival. Principalmente graças a Fábio Costa, que evitou pelo menos
três gols dos rivais.
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