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Douglas diz acreditar ser "o 10" do país
DA REPORTAGEM LOCAL
O rótulo de "maestro" já não
é mais uma preocupação para o
meia Douglas, 26. Após marcar
seus primeiros gols e se destacar no Corinthians, chegou a
pedir que parassem de chamá-lo assim. Tinha receio de despertar ciumeira entre seus novos colegas de grupo.
Passados alguns meses, ele
não só já diz ter noção de seu
papel no time como também se
intitula diferenciado, ou o único autêntico camisa 10 do atual
futebol brasileiro.
"Acho que sou, sim. O meu
jeito de jogar é esse [o de um camisa 10] e, se for comparado a
outros que atualmente jogam
aqui, é diferente", afirma Douglas, a contratação mais cara do
Corinthians nesta temporada.
Por 50% de seus direitos, o
clube pagou R$ 3,3 milhões.
Em 29 jogos, ele balançou a rede oito vezes e tem despertado
a atenção de clubes estrangeiros. O francês Bordeaux já andou observando o atleta, e,
mais recentemente, seus empresários mostraram fitas a representantes de times da Itália.
E é justamente como "o único camisa 10 do Brasil" que ele
está sendo vendido para fora.
À Folha dois autênticos
meias que vestiram a 10, Alex e
Ademir da Guia, ídolos palmeirenses, citaram o jogador como
única referência da posição em
solo brasileiro atualmente.
Douglas, por sua vez, retribui
o mimo e diz que seu espelho
em campo é o atleta que atualmente defende o Fenerbahce,
da Turquia. "É um cara inteligente, que põe a bola onde
quer", diz ele, que diz estar preparado para seguir os passos
dos "10" mais famosos e vestir
a camisa da seleção, apesar de
ainda não ter sido desafiado em
uma competição de elite.
"Eu não vejo problema nenhum. Eu vou continuar fazendo o que acho que tenho de fazer. Eu sei que estou preparado
para a seleção e para ajudar o
Corinthians na Série A."
Douglas, no entanto, não assegura sua permanência em
2009, apesar de ter pretensões
de se tornar ídolo do clube.
"É complicado falar, eu estou
bem aqui no Corinthians. Mas
vai que aparece uma proposta
irrecusável para mim e para o
clube. Não tem como segurar, e
é lógico que jogar na Europa todo mundo quer", conta o meia,
para, em seguida, adotar outro
discurso, o da permanência.
"Para ser ídolo tem que ganhar títulos, vivenciar o clube,
e eu busco isso aqui", afirmou o
meia, que chegou à equipe alvinegra cinco meses atrás.
Hoje, Douglas diz estar adaptado ao clube e ter a missão de,
além de conduzir o Corinthians, orientar os mais novos,
como Dentinho e Lulinha, que
participaram da campanha que
derrubou o clube mais popular
de São Paulo para a Série B.
"Dá para ver a alegria do pessoal que caiu no ano passado. É
diferente. Eles viveram o pior
momento da história do clube e
agora estão levando o time de
volta à primeira divisão. É uma
coisa muito boa", conta o 10 corintiano.
(EAR E RM)
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