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EUA põem astros para rever fiasco olímpico
Atletismo coloca Carl Lewis em painel para estudar fracasso em Pequim-08
Comissão formada por atletas, técnicos e dirigentes apresentará relatório no dia 12 de janeiro com sugestões para melhorar desempenho
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Maior nome do atletismo
olímpico dos EUA, Carl Lewis
foi investido em nova função.
O ex-velocista, dono de nove
ouros na história dos Jogos, está à frente de uma comissão de
notáveis, nomeada pela Usatf
(a federação de atletismo dos
EUA), para examinar o desempenho norte-americano na
Olimpíada de Pequim e estudar
formas de melhorá-lo.
Lewis integra o Painel de Auditoria em Alta Performance,
com outros seis integrantes,
nomeados pelo diretor-executivo da federação, Doug Logan.
O dirigente havia lançado a
idéia em seu blog e se surpreendeu com a receptividade.
"Recebi centenas de nomes a
serem considerados para o painel. Indivíduos altamente qualificados se ofereceram voluntariamente para participar e
muitos nomes foram sugeridos
por outras pessoas. A escolha
foi bastante difícil", admitiu.
Para integrar o grupo, Logan
chamou outros astros da história olímpica do país, como Benita Fitzgerald Mosley, vencedora dos 100 m com barreiras
nos Jogos de Los Angeles-84,
Ralph Mann, vice-campeão dos
400 m com barreiras em Munique-72, e Mel Rosen, treinador-chefe do atletismo masculino do país em Barcelona-92.
"Esse grupo obteve sucesso
no esporte e sabe o que é necessário para conseguir ótimos resultados. Estamos agradecidos
por contarmos com eles para
nos ajudar", comentou Logan.
Para formar a comissão, ele
disse ter seguido o critério de
que o grupo fosse representativo, tendo como membros, além
de ex-atletas e treinadores, administradores e especialistas
em ciência esportiva.
Além disso, visando dar independência ao grupo, nenhum
dos envolvidos poderia ter feito
parte da equipe de preparação
para os Jogos de Pequim.
A comissão surge após uma
má performance norte-americana. Em Pequim, acreditava-se que os EUA conseguissem
equilibrar a disputa com a China no quadro geral de medalhas
graças à natação e ao atletismo.
Não foi o que ocorreu. Se a
má campanha nas piscinas foi
disfarçada pelos oito ouros de
Michael Phelps, a baixa produtividade nas pistas não foi escamoteada por nenhuma estrela.
Os EUA conquistaram só sete ouros no Ninho de Pássaro,
na terceira pior performance
da história do país, superando
só Munique-72 e Montréal-76.
Para evitar novo fracasso, o
painel já iniciou os trabalhos e
apresentará relatório em 12 de
janeiro. A idéia da federação é
publicá-lo em seu site oficial e
seguir suas diretrizes já para as
próximas competições.
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