DA REPORTAGEM LOCAL

Muito do fiasco do atletismo norte-americano em Pequim é explicado pelo sucesso jamaicano.
No estádio Ninho de Pássaro, o público pôde ver os caribenhos se consagrarem em competições em que os EUA estavam acostumados a vencer.
Foram os casos dos 100 m e dos 200 m masculino e feminino. Para completar, os EUA nem foram às finais do 4 x 100 m.
Em Olimpíadas, com exceção de Moscou-80, quando houve boicote, e Londres-08, em que só havia 100 m e 200 m masculino, foi a primeira vez que o país não levou ouro em nenhuma dessas provas.
Os EUA também viram alguns de seus recordes mais preciosos serem dizimados. Nos 200 m, Usain Bolt cravou 19s30 para triunfar, melhorando em 0s02 marca que havia 12 anos pertencia ao "fenômeno" Michael Johnson.
No 4 x 100 m, com Bolt e Asafa Powell na pista, a Jamaica pulverizou outro recorde dos EUA. A equipe amealhou o ouro após 37s10, tempo 0s30 inferior ao recorde que estava havia 16 anos em poder dos norte-americanos.
Mas até em provas sem concorrência jamaicana os EUA fracassaram. Foi o caso do arremesso de peso.
Mesmo com os insucessos, o país levou 23 medalhas para casa, apenas três a menos do que no Mundial-07. A diferença é que, em Osaka-07, a equipe americana ganhou 14 ouros, o dobro do que foi obtido em Pequim-08.
(ALF)

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