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FUTEBOL
Único a reclamar do calendário inicial do Estadual, clube do Morumbi é quem mais vezes atuará em sua cidade
Paulista agora monta tabela são-paulina
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo chiou e ganhou. Na
nova tabela do Campeonato Paulista-2005 de pontos corridos, divulgada ontem pela Federação
Paulista de Futebol, há mais equilíbrio, mas o clube do Morumbi
foi o principal beneficiado. E, em
compensação, o Palmeiras, favorecido antes, perdeu regalias.
Pelo calendário remodelado do
Estadual, que terá 20 clubes e 19
datas, os são-paulinos, únicos a
criticar publicamente a tabela inicial, são os que mais atuarão na
própria cidade. Serão 12 jogos da
equipe na capital.
São nove partidas como mandante, de fato, e outras três contra
equipes paulistanas.
"Um deles tem de ter esse perfil,
mas o São Paulo perdeu o mando
de um clássico", afirma Dino
Gentille, vice-presidente do departamento técnico da FPF, que
elaborou as duas tabelas.
O atual campeão paulista, o São
Caetano, por exemplo, jogará somente dez vezes em sua cidade.
Na alteração, o Palmeiras, que
inicialmente faria 13 jogos na capital, atuará 11 vezes em São Paulo
-oito como mandante e outras
três contra rivais locais.
Para isso, os palmeirenses perderam o mando de dois confrontos, diante da Portuguesa Santista
e do União São João.
"Os grandes têm de visitar o interior. Se eu tiro o São Paulo do
interior, eu tenho que mandar outro", afirma o dirigente.
Segundo Gentille, o clube do
Parque Antarctica tinha a vantagem de atuar mais em São Paulo
por ter sido melhor na edição do
ano passado -foi semifinalista.
O vice da FPF justificou que a tabela inicial fora feita com base em
critérios técnicos. Desta vez, porém, as alterações, segundo ele,
foram realizadas para dar mais
"equilíbrio" ao torneio.
A pressão dos são-paulinos para
a mudança também foi fundamental. O clube do Morumbi foi o
único que enviou ofício à federação se posicionando contra a disposição inicial do calendário.
Segundo o presidente da FPF,
Marco Polo Del Nero, as agremiações insatisfeitas com o Estadual
deveriam enviar sugestões a ele.
Na última sexta-feira, o presidente são-paulino, Marcelo Portugal Gouvêa, foi à sede da FPF e
acompanhou as alterações.
"Não é o ideal, mas ficou muito
melhor", disse o diretor de futebol
são-paulino, Juvenal Juvêncio.
A única queixa remanescente é
que o clube irá à Vila Belmiro enfrentar o Santos. Só o Palmeiras,
dos considerados favoritos ao título, recebe o time do litoral.
A agremiação do Morumbi, entretanto, foi "agraciada" com a
transferência de mando do confronto com a Portuguesa Santista
para a capital. Em contrapartida,
o clube perdeu o mando do clássico com o Palmeiras. Nesse caso,
porém, isso não significa muita
coisa, já que é a federação quem
escolhe o local do jogo.
"A primeira tabela, em perfil de
jogos, está melhor para o São Paulo do que esta", justifica Gentille.
Para viabilizar as alterações,
duas equipes -Portuguesa e
União São João-, foram as que
mais tiveram mudanças em seus
jogos. O União São João, por
exemplo, será o único clube a
atuar fora de casa em três rodadas
seguidas. "Mas o União termina o
campeonato em casa", explica o
dirigente da FPF.
A Portuguesa, que foi usada como "espelho" do time de Araras
para a inversão dos mandos das
partidas, fará três de seus quatro
últimos jogos em casa.
Já para corintianos e santistas, a
tabela do Estadual não teve alterações significativas.
O clube do Parque São Jorge,
aliás, mesmo quase rebaixado na
última edição, fará mais jogos na
capital: dez. Mas encerrará a competição contra o Marília, no interior do Estado. O mesmo ocorrerá
com o Santos, o São Paulo e o São
Caetano. Só o Palmeiras fechará
sua participação em casa.
"O time que manda na primeira
rodada visita na última e vice-versa", completa Gentille.
A reportagem procurou o diretor de futebol do Palmeiras, Mário Giannini, mas ele não atendeu
seu telefone celular.
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