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Evento com são-paulinos termina em tumulto
Em sessão de autógrafos com 13 jogadores, torcedores são barrados, tentam invadir o Morumbi e reclamam de desorganização
Tom Dib/Lancepress
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Policiais e são-paulinos do lado de fora do Morumbi, ontem, após confusão entre torcedores que tentaram invadir o estádio durante sessão de autógrafos de jogadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma sessão de autógrafos
com 13 jogadores do São Paulo
acabou em tumulto ontem à
tarde, na loja da Reebok (um
dos patrocinadores do clube),
no estádio do Morumbi.
Estavam lá os atacantes Dagoberto e Washington, o lateral
Jean, os meio-campistas Arouca, Hernanes, Jorge Wagner e
Zé Luis, os zagueiros Renato
Silva, Miranda, Aislan e Rodrigo e os goleiros Bosco e Denis.
Cerca de 2.000 torcedores
compareceram ao evento, segundo a assessoria do clube.
Mas nem metade viu os atletas.
Depois de cerca de uma hora
e meia de autógrafos, os jogadores foram embora, e, apesar da
extensa fila que permanecia em
frente ao portão do estádio, a
entrada dos torcedores no Morumbi foi interrompida.
Do lado de fora, são-paulinos
tentaram, com chutes e socos,
arrombar o portão de acesso.
Houve empurra-empurra e bate-boca com seguranças. A situação só se acalmou após a
chegada da Polícia Militar.
Depois disso, a entrada foi liberada para torcedores que
queriam fazer compras na loja
da Reebok, já sem a presença
do elenco são-paulino.
Sócios-torcedores afirmaram ter recebido por e-mail um
convite para a sessão de autógrafos. O evento também foi divulgado no site oficial do São
Paulo. Os torcedores reclamam
de que o comunicado não avisava que os atletas ficariam no local por apenas uma hora.
O tumulto de ontem foi o segundo envolvendo o São Paulo
e sua torcida em um intervalo
de dez dias. Antes do jogo contra o Vitória, no dia 14 de novembro, houve tumulto no
acesso à arquibancada azul.
Um dia depois da confusão, o
clube divulgou um comunicado
aos sócios pedindo desculpas
pela desorganização.
Antes da confusão, a sessão
de autógrafos transcorria em
clima de euforia. Dos titulares
do São Paulo, apenas Rogério,
Richarlyson, André Dias e Junior César não compareceram.
O São Paulo pode conquistar
seu sétimo título brasileiro já
no próximo fim de semana.
Para isso, terá que vencer o
Goiás e torcer por uma derrota
do Flamengo. Internacional e
Palmeiras também não podem
vencer seus confrontos.
Contudo a possibilidade de
que o Brasileiro tenha um campeão com uma rodada de antecedência é vista com pouco entusiasmo por Ricardo Gomes.
"Mesmo que a gente ganhe
do Goiás, não acredito no título.
Tudo vai ser decidido na última
rodada", declarou o técnico.
"Se fizermos nossa parte e
conseguirmos vencer o Goiás,
já vai estar de bom tamanho",
concordou Jorge Wagner.
O treinador aponta o Inter,
terceiro colocado, como a
maior ameaça para o São Paulo.
Com 59 pontos, o time gaúcho
tem três pontos a menos que a
equipe tricolor, mas uma tabela
de jogos considerada mais favorável. Nas duas últimas rodadas, o time gaúcho enfrenta
Sport, já rebaixado, e Santo André, antepenúltimo colocado.
"Analisando friamente, o Inter tem grande chance de atingir 100% de aproveitamento.
Eles vão colocar pressão no São
Paulo, no Palmeiras e no Flamengo", disse Ricardo Gomes.
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