São Paulo, quarta-feira, 25 de novembro de 2009

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Evento com são-paulinos termina em tumulto

Em sessão de autógrafos com 13 jogadores, torcedores são barrados, tentam invadir o Morumbi e reclamam de desorganização

Tom Dib/Lancepress
Policiais e são-paulinos do lado de fora do Morumbi, ontem, após confusão entre torcedores que tentaram invadir o estádio durante sessão de autógrafos de jogadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma sessão de autógrafos com 13 jogadores do São Paulo acabou em tumulto ontem à tarde, na loja da Reebok (um dos patrocinadores do clube), no estádio do Morumbi.
Estavam lá os atacantes Dagoberto e Washington, o lateral Jean, os meio-campistas Arouca, Hernanes, Jorge Wagner e Zé Luis, os zagueiros Renato Silva, Miranda, Aislan e Rodrigo e os goleiros Bosco e Denis.
Cerca de 2.000 torcedores compareceram ao evento, segundo a assessoria do clube. Mas nem metade viu os atletas.
Depois de cerca de uma hora e meia de autógrafos, os jogadores foram embora, e, apesar da extensa fila que permanecia em frente ao portão do estádio, a entrada dos torcedores no Morumbi foi interrompida.
Do lado de fora, são-paulinos tentaram, com chutes e socos, arrombar o portão de acesso. Houve empurra-empurra e bate-boca com seguranças. A situação só se acalmou após a chegada da Polícia Militar.
Depois disso, a entrada foi liberada para torcedores que queriam fazer compras na loja da Reebok, já sem a presença do elenco são-paulino.
Sócios-torcedores afirmaram ter recebido por e-mail um convite para a sessão de autógrafos. O evento também foi divulgado no site oficial do São Paulo. Os torcedores reclamam de que o comunicado não avisava que os atletas ficariam no local por apenas uma hora.
O tumulto de ontem foi o segundo envolvendo o São Paulo e sua torcida em um intervalo de dez dias. Antes do jogo contra o Vitória, no dia 14 de novembro, houve tumulto no acesso à arquibancada azul.
Um dia depois da confusão, o clube divulgou um comunicado aos sócios pedindo desculpas pela desorganização.
Antes da confusão, a sessão de autógrafos transcorria em clima de euforia. Dos titulares do São Paulo, apenas Rogério, Richarlyson, André Dias e Junior César não compareceram.
O São Paulo pode conquistar seu sétimo título brasileiro já no próximo fim de semana.
Para isso, terá que vencer o Goiás e torcer por uma derrota do Flamengo. Internacional e Palmeiras também não podem vencer seus confrontos.
Contudo a possibilidade de que o Brasileiro tenha um campeão com uma rodada de antecedência é vista com pouco entusiasmo por Ricardo Gomes.
"Mesmo que a gente ganhe do Goiás, não acredito no título. Tudo vai ser decidido na última rodada", declarou o técnico.
"Se fizermos nossa parte e conseguirmos vencer o Goiás, já vai estar de bom tamanho", concordou Jorge Wagner.
O treinador aponta o Inter, terceiro colocado, como a maior ameaça para o São Paulo. Com 59 pontos, o time gaúcho tem três pontos a menos que a equipe tricolor, mas uma tabela de jogos considerada mais favorável. Nas duas últimas rodadas, o time gaúcho enfrenta Sport, já rebaixado, e Santo André, antepenúltimo colocado.
"Analisando friamente, o Inter tem grande chance de atingir 100% de aproveitamento. Eles vão colocar pressão no São Paulo, no Palmeiras e no Flamengo", disse Ricardo Gomes.


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