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TÊNIS
Vai ficar melhor
THALES DE MENEZES
Em clima de Masters -o feminino na semana passada, o masculino sendo jogado agora na
Alemanha-, os confrontos da
elite do tênis profissional estão
animando qualquer fã do esporte. Tudo indica que 1999 será, finalmente, um grande e competitivo ano para as raquetes.
No masculino, o reinado de Pete Sampras resiste, mas sustentado com tênue vantagem em relação ao fantástico quarteto logo
abaixo dele no ranking: Marcelo
Ríos, Patrick Rafter, Carlos Moyá e Andre Agassi.
Depois de cinco anos tranquilo
no topo do mundo, Sampras
nunca teve tanta ameaça nos
calcanhares. Quando joga bem,
sem contusões nem estresse, ele
continua sobrando na turma.
Tecnicamente falando, os outros
podem ser ótimos, mas ele é um
fenômeno. Se andou derrapando
nos resultados este ano, foi por
pura fadiga muscular.
No circuito feminino, a volta de
Steffi Graf às competições, e em
boa forma, já foi celebrada pelos
dirigentes do esporte. Graf, Martina Hingis e Lindsay Davenport
têm condições de reviver um tríplice duelo pelo primeiro lugar
no ranking da WTA, algo que
não acontece de verdade desde o
início dos anos 80, quando Chris
Evert, Martina Navratilova e
Tracy Austin disputavam cada
troféu como se fosse o último.
No início desta década, Monica
Seles parecia superior a todas.
Depois que um atentado a manteve afastadas das quadras por
mais de dois anos, Graf voltou a
dominar tranquilamente a cena.
Com a decadência física da alemã, minada por contusões, Martina Hingis ocupou rapidamente
o trono, sem suar muito.
Agora, a disputa promete, com
três estilos bem distintos. Davenport usa o porte físico para atacar o tempo todo, sem dar tempo
de reação à rival. Hingis é uma
maquininha de rebater, precisa
no fundo de quadra. E Graf é
uma jogadora completa, que pode usar a tática que quiser; se
não estiver dando certo, ela solta
seu "drive" de direita matador.
Pode torcer: 1999 será demais.
NOTAS
O falador
Marcelo Ríos está até incomodando os outros participantes da Copa do Mundo, disputada desde ontem em Hannover, na Alemanha. Na festa de
apresentação do torneio, o chileno não parou de repetir que é
o melhor tenista da temporada.
O sincero
Do outro lado desse "ringue"
de entrevistas, Pete Sampras
surpreendeu a imprensa ao dizer que está tenso e preocupado. "Gostaria de terminar esta
temporada como número um,
para ter o recorde de permanecer no topo por seis anos. Mas
está difícil. Não estou jogando
bem, num momento em que há
muitos jogando o máximo."
O desencanado
O russo Yevgeny Kafelnikov
disse em entrevista que desistiu
de tentar ser número um do
mundo. "Não há mais espaço
para sonhos de adolescente. O
tênis é profissão, e penso em
ganhar dinheiro e parar antes
de ficar decadente, só isso."
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