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VÔLEI
O único invicto
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Para quem esperava um
grande duelo entre os dois
únicos invictos da Superliga, o
confronto entre Finasa/Osasco e
MRV/Minas decepcionou. O time
de Osasco mostrou uma defesa
perfeita e um saque poderoso. Resultado: vitória por 3 a 0 e uma
campanha impressionante. Em
nove jogos, só dois sets perdidos.
A surpresa da equipe é a líbero
Verê. Ela foi encarregada nesta
temporada de uma tarefa nada
fácil: substituir Arlene, a líbero da
seleção, que foi para o Minas. E
vem desempenhando bem o papel. No sábado, foi eleita a melhor
jogadora em quadra, uma
honraria rara para quem atua
nessa posição.
Está certo que ainda tem muitos jogos pela frente. Por enquanto, só foi disputado o primeiro
turno. Mas dificilmente o título
vai escapar das mãos do time de
Osasco. Além de ter a levantadora
Fernanda Venturini, que é sempre um diferencial, a equipe mostra um equilíbrio grande em todos os fundamentos.
No masculino, o Minas parece
que está acertando o rumo. O time, que começou a Superliga com
uma derrota surpreendente para
o Caxias do Sul, passou pela Unisul, no sábado, por 3 sets a 0. O levantador Ricardinho jogou com
muita velocidade, distribuiu bem
as bolas e ficou difícil para o time
catarinense.
A curiosidade do jogo ficou por
conta da insistência da arbitragem para que o atacante Marcos
Milinkovic, da Unisul, jogasse
com a camisa para dentro do calção. Está na hora de os árbitros e
os regulamentos pararem de se
preocupar com detalhes. Se o atleta se sente melhor jogando assim,
qual é o problema?
Vale lembrar também a Ulbra,
atual campeã brasileira, que está
surpreendendo. E a surpresa é
justamente na posição que ela sofreu o maior desfalque: a de levantador. Ricardinho, titular da
seleção, foi para o Minas nesta
temporada. Quem assumiu o posto na Ulbra foi Rafhael, de 25
anos e 1,92 m.
Ele tem grande parte das qualidades de Ricardinho: é habilidoso, joga com muita velocidade,
gosta de acionar bastante os atacantes centrais e é ousado. Não
por acaso também foi escolhido
pelo técnico Marcelo Fronckowiak para ser o capitão do time.
É bom lembrar que Rapha já jogava na Ulbra quando Ricardinho chegou. Na época, ele era o
capitão. Como foi para a reserva,
Ricardinho passou a acumular as
duas funções. Mas Fronckowiak
lembra que, quando o time conquistou o último título brasileiro,
foi Rapha que recebeu o troféu.
A Ulbra tem pelo menos mais
um grande destaque em quadra:
o atacante Roberto Minuzzi, 22
anos e 2,04 m. Ele preenche os requisitos básicos que estão em falta
no vôlei brasileiro: é um ponteiro
habilidoso e alto. Ele já foi convocado algumas vezes pelo técnico
Bernardinho para jogar na seleção brasileira.
Está certo que a Unisul, o Minas
e o Suzano são os grandes favoritos. Mas a Ulbra, com sua nova
geração, pode surpreender como
na temporada passada. Amanhã,
pela última rodada do primeiro
turno, o time vai enfrentar o Banespa no ginásio do Morumbi.
Passaporte japonês
O brasileiro Kalé, ex-Náutico e Santo André, espera a autorização da
Federação Internacional de Vôlei para defender a seleção do Japão
no Pré-Olímpico, em maio. Kalé conseguiu cidadania japonesa no
fim do ano passado. Ele, que tem mãe japonesa, é conhecido no Japão como Marcos Suguiama. O atacante atua pelo Blazers, de Osaka.
Italiano
O Modena, do atacante Dante, é uma das decepções do Campeonato
Italiano. Em 16 partidas, venceu apenas seis. A última derrota aconteceu na rodada do fim de semana. O time perdeu para o Cuneo, do
brasileiro Giba, por 3 a 0 (25/22, 25/19 e 25/16). Difícil entender a
campanha do Modena, já que a equipe tem jogadores como o russo
Roman Iakovlev e o levantador americano Lloy Ball.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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