São Paulo, segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

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"Inchaço" vira barreira para promessas

Hepta da Copa SP, base do Corinthians se depara com falta de espaço para revelações no time profissional

GIULLIANA BIANCONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Sob o olhar de mais de 34 mil torcedores pagantes, o time de base do Corinthians tinha ontem duas missões. A primeira, cumprida sem muita dificuldade, era conquistar o seu sétimo título na Copa São Paulo de Futebol Júnior, competição da qual é recordista de troféus.
A segunda tarefa diante do Atlético-PR, derrotado por 2 a 1, era fazer com que nessa decisão o Pacaembu fosse mais um palco da Copinha para os destaques da equipe, ávidos por uma vaga no time principal.
No campo, "os meninos" do Corinthians fizeram a parte que lhes cabia. O atacante Marcelinho e o meia Boquita, que por pouco não se concentraram com o elenco profissional na pré-temporada em Itu, mais uma vez sobressaíram, com sucessivas tentativas de finalização que sempre começavam com jogadas pela direita.
O centroavante Fernando Henrique, autor do primeiro gol do jogo, também ratificou, na final, o bom desempenho que teve ao longo do torneio.
Mas, apesar das "missões cumpridas", o sonho de ter um lugar na equipe profissional pode ainda estar longe para os garotos do heptacampeonato.
Isso porque o Corinthians de Mano Menezes está "inchado" a partir do meio-campo.
Somente no ataque, o treinador dispõe de seis homens. Além da cotada dupla Dentinho e Ronaldo, que ainda não estreou nesta temporada, há Otacílio Neto, o uruguaio Acosta, Souza e Jorge Henrique.
Esses dois últimos, inclusive, vêm arrancando elogios do treinador corintiano desde os jogos-treino realizados no início do mês, no interior de SP.
Mesmo ciente do "momento difícil" para a ascensão, o atacante Marcelinho, artilheiro do Corinthians na Copinha com seis gols, não se intimida em afirmar que tem condição de mostrar serviço no grupo.
"Eu sei que o ataque está assim [inchado], mas eu não desanimo com isso. Se a diretoria decidir que eu devo ir [para a equipe profissional], vou chegar lá e fazer o meu máximo, assim como fiz aqui na base."
O técnico da base corintiana, Adaílton Ladeira, destacou que há um lado positivo nessa "falta de espaço" para os garotos.
"Quando eles forem chamados, terão tempo para se adaptarem ao ambiente profissional antes de serem muito cobrados e, assim, talvez não passem pelo que o Lulinha passou", disse, referindo-se ao meia que, alçado ao time principal, não rendeu ainda o esperado, apesar do gol que marcou ontem.
Os gols que deram ao treinador o seu terceiro troféu na Copinha saíram dos pés de Fernando Henrique, aos 32min, e de Jadson, aos 38min do segundo tempo. Pelo Atlético-PR, Patrick descontou, aos 39min.


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