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"Inchaço" vira barreira para promessas
Hepta da Copa SP, base do Corinthians se depara com falta de espaço para revelações no time profissional
GIULLIANA BIANCONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Sob o olhar de mais de 34 mil
torcedores pagantes, o time de
base do Corinthians tinha ontem duas missões. A primeira,
cumprida sem muita dificuldade, era conquistar o seu sétimo
título na Copa São Paulo de Futebol Júnior, competição da
qual é recordista de troféus.
A segunda tarefa diante do
Atlético-PR, derrotado por 2 a
1, era fazer com que nessa decisão o Pacaembu fosse mais um
palco da Copinha para os destaques da equipe, ávidos por uma
vaga no time principal.
No campo, "os meninos" do
Corinthians fizeram a parte
que lhes cabia. O atacante Marcelinho e o meia Boquita, que
por pouco não se concentraram
com o elenco profissional na
pré-temporada em Itu, mais
uma vez sobressaíram, com sucessivas tentativas de finalização que sempre começavam
com jogadas pela direita.
O centroavante Fernando
Henrique, autor do primeiro
gol do jogo, também ratificou,
na final, o bom desempenho
que teve ao longo do torneio.
Mas, apesar das "missões
cumpridas", o sonho de ter um
lugar na equipe profissional pode ainda estar longe para os garotos do heptacampeonato.
Isso porque o Corinthians de
Mano Menezes está "inchado"
a partir do meio-campo.
Somente no ataque, o treinador dispõe de seis homens.
Além da cotada dupla Dentinho
e Ronaldo, que ainda não estreou nesta temporada, há Otacílio Neto, o uruguaio Acosta,
Souza e Jorge Henrique.
Esses dois últimos, inclusive,
vêm arrancando elogios do
treinador corintiano desde os
jogos-treino realizados no início do mês, no interior de SP.
Mesmo ciente do "momento
difícil" para a ascensão, o atacante Marcelinho, artilheiro do
Corinthians na Copinha com
seis gols, não se intimida em
afirmar que tem condição de
mostrar serviço no grupo.
"Eu sei que o ataque está assim [inchado], mas eu não desanimo com isso. Se a diretoria
decidir que eu devo ir [para a
equipe profissional], vou chegar lá e fazer o meu máximo, assim como fiz aqui na base."
O técnico da base corintiana,
Adaílton Ladeira, destacou que
há um lado positivo nessa "falta
de espaço" para os garotos.
"Quando eles forem chamados, terão tempo para se adaptarem ao ambiente profissional
antes de serem muito cobrados
e, assim, talvez não passem pelo que o Lulinha passou", disse,
referindo-se ao meia que, alçado ao time principal, não rendeu ainda o esperado, apesar do
gol que marcou ontem.
Os gols que deram ao treinador o seu terceiro troféu na Copinha saíram dos pés de Fernando Henrique, aos 32min, e
de Jadson, aos 38min do segundo tempo. Pelo Atlético-PR, Patrick descontou, aos 39min.
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