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Enfrentando sua geração passada, São Caetano tenta frustrar sua filial do Parque Antarctica
Palmeiras encara matriz e testa receita importada
Luiz Carlos Murauskas - Eduardo Knapp/Folha Imagem
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O volante Claudecir, ex-São Caetano, e o atacante Adhemar, que segue no time do ABC, se refrescam em treino de suas equipes |
ADALBERTO LEISTER FILHO
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um certo constrangimento cerca os personagens do São Caetano
x Palmeiras de hoje, pelas quartas-de-final do Paulista.
Tudo porque o time do Parque
Antarctica, que nos últimos anos
ajudava a equipe do ABC cedendo
jogadores e até seu estádio, decidiu incorporar em 2003 a fórmula
de sucesso do rival desta noite.
Nessa relação tão próxima, porém, os clubes acabaram trocando de posição, e atualmente o São
Caetano serve como matriz para
os palmeirenses tentarem esquecer a péssima temporada passada,
com o rebaixamento nacional.
Estão aí Jair Picerni, Magrão,
Claudecir e Adãozinho vestindo
verde para provar a adesão da receita duvidosa do "bom e barato".
"Foi gratificante. Eu me orgulho
daquele time", responde o técnico
quando fala da equipe que comandou em três vice-campeonatos (Nacional de 2000 e 2001 e a Libertadores de 2002).
Mas Picerni evita comparar
aquele São Caetano com o atual
Palmeiras. Sabe que o time não
engrenou e sonha com uma vitória hoje que se transforme em
momento de virada. Para ele, até
agora o Palmeiras ganhou só um
"pouquinho" de confiança, melhora e credibilidade.
Os números comprovam isso,
afinal, o Palmeiras pegou a última
vaga para esta fase, enquanto a
equipe do técnico Mário Sérgio
foi a primeira, com 100% de aproveitamento (seis vitórias).
Notório bom contratador de
atletas, o time do ABC segue bem-sucedido mesmo bastante mudado. Picerni acha que o São Caetano fez "reposições excelentes"
após a migração de seu trio de volantes para o Palmeiras.
"Saí triste para vir para cá, mas
vamos lá: o bom filho volta à casa", afirma Claudecir, que hoje
pela primeira vez joga no Anacleto Campanella como visitante.
"Espero uma recepção normal,
sem xingamento, afinal, eu tenho
um carinho dobrado porque lá
surgi para o futebol e lá tive minha
recuperação", lembra o volante.
Magrão mostra embaraço diante da partida. "São situações que a
vida nos coloca", conforma-se.
"Tenho muita amizade lá, com
Dininho, Anaílson, Silvio Luiz. A
gente sempre se liga, mas nesses
dias não atendo chamadas deles."
"Gosto muito do Magrão. Por
mim, ele não teria saído do São
Caetano", diz Mário Sérgio. Para
ele, os ex-jogadores do time podem ser um trunfo para o Palmeiras hoje. "Eles conhecem o meu
estilo", disse em entrevista na bucólica concentração, em Mauá,
onde os jogadores convivem com
bandos de saguis pelos telhados e
relaxam com muita pescaria.
Bem mais tensos, os palmeirenses esperam hoje a resposta se valeu beber da fonte do São Caetano
ou se a fórmula só funciona no vizinho município do ABC.
NA TV - Record e SBT, ao vivo,
às 21h
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