São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 2006

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Cargo remunerado na Fifa faz parte do figurino

DA REPORTAGEM LOCAL

Não basta mandar apenas na terra natal. Cartola que quer ser poderoso também precisa estender os tentáculos para órgãos internacionais -e comitês organizadores de competições que movimentam verdadeiras fortunas.
Alguns ganham até um gordo salário para isso. Entre os 24 membros do Comitê Executivo da Fifa, estão vários presidentes de federações, como Ricardo Teixeira, o argentino Julio Grondona, o espanhol Angel Villar e o coreano Chung Mong Joon. Por essa tarefa, cada um deles recebe US$ 100 mil anuais (cerca de R$ 213 mil) -a remuneração teve um aumento de 100% no ano passado. Eles ainda têm direito a uma aposentadoria proporcional ao tempo de serviço.
Os presidentes de federações nacionais também enchem outros órgãos da Fifa, como os comitês de arbitragem e de futsal.
E não é só na entidade máxima do futebol que os cartolas acumulam funções. Confederações continentais também fazem isso. Na Uefa, o holandês Mathieu Sprengers é o tesoureiro da instituição.
Um outro caminho é tomar o controle da organização de grandes eventos, nos quais o investimento chega a mais de três centenas de milhões de dólares.
O suíço Ralph Zloczower acumula a presidência da federação do seu país com a Euro 2008 S.A., empresa criada para organizar a próxima Eurocopa de seleções, cuja promoção será dividida entre a Suíça e a Áustria.
Coisa parecida deve acontecer com Ricardo Teixeira.
Ele tem planos de assumir, caso a Fifa confirme a ambição brasileira, o comando da organização do Mundial de 2014, que, segundo planos dos cartolas mundiais, vai ser realizado na América do Sul para dar continuidade ao rodízio de continentes. (PC)


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